De acordo com a sinopse, divulgada na página do Saaraci Coletivo Teatral, responsável pela produção da peça, o espectáculo, de cerca de uma hora, procurará transitar sobre a memória de um acontecimento histórico decorrido em Lisboa (Portugal), na perspectiva do colonizado.
Isto, acrescentou, “dotando um espaço de pensamento acerca do que significa sociedade, civilização, tolerância, comunicação, respeito, igualdade, padrões, integridade, valores, democracia, descolonização, acção política, através das memórias da pequena História, que conferem vida aos factos da grande História”.
A peça “Dona Pura e os Camaradas de Abril” terá encenação e direcção artística de João Branco, dramaturgia de Caplan Neves, música original de Mário Lúcio Sousa e será interpretada por Pedro Lamares, Matísia Rocha, Manuel Estevão e Sócrates Napoleão.
No livro “Dona Pura e os Camaradas de Abril”, Germano Almeida conta história de um jovem cabo-verdiano, estudante de Direito que, depois de ter perdido o dinheiro da bolsa da Gulbenkian a jogar às cartas pela noite dentro, acorda na manhã seguinte, no seu quarto alugado a Campo de Ourique, com a notícia da Revolução. Sai de casa para a ir ver na rua, essa Revolução Libertadora de povos e pátrias.
“Mas conhece mal Lisboa, corre ruas, praças e avenidas e não vê revolução nenhuma. Mas, Revolução houve, e séria, que abalou a vida de quase tanta gente como o número de personagens de que esta história se compõe”, lê-se na sinopse da obra.