A programação da feira foi apresentada esta quinta-feira, 18, pela presidente do Instituto da Biblioteca Nacional de Cabo Verde, Matilde Santos, numa conferência de imprensa que contou com a presença do embaixador de Portugal em Cabo Verde, Paulo Lourenço.
Segundo Matilde Santos, esta feira acontece no âmbito da cooperação entre Portugal e Cabo Verde, no domínio da promoção do livro e da leitura, o “Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, através do Instituto da Biblioteca Nacional de Cabo Verde, organizou consecutivamente, durante mais de duas décadas, a Grande Feira do Livro que deixou marcas na memória dos cabo-verdianos”.
“A Grande Feira do Livro congregava amantes do livro, agentes culturais e do sector livreiro, sendo por isso aguardada, a cada ano, com grande entusiasmo e interesse. Nos diferentes modelos que o evento foi a conhecer, procurou-se cumprir um triplo objectivo de grande importância em termos de políticas públicas, promover nomeadamente a literacia e a leitura, facilitar o acesso ao livro, tanto do ponto de vista da cultura e lazer, como do livro técnico e académico”, indica.
Matilde Santos indicou que a presença dos autores consagrados e emergentes, o lançamento de novos livros, o envolvimento de escolas e associações culturais, a programação paralela, as animações de espaço público concorrem para tornar a feira um marco na programação cultural, mas também um pilar na política de promoção do livro e da leitura.
“É neste sentido que se explica a retoma da Grande Feira do Livro em Cabo Verde, após mais de uma década. O propósito é imprimir uma nova dinâmica no mercado livreiro em Cabo Verde e facilitar o acesso ao livro”, destaca.
A presidente do Instituto da Biblioteca Nacional de Cabo Verde realçou ainda que a “Grande” Feira do Livro de Cabo Verde realiza-se no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, sob o lema "Liberdade e Literatura". E que nesta edição vão participar várias editoras, livreiros e instituições especializadas.
Durante a feira serão realizadas várias actividades como lúdicas, debates, esplanadas, restauração e espaço infantil. “O objectivo é imprimir uma nova dinâmica no mercado do livro em Cabo Verde e facilitar o acesso ao livro. A ideia é estender esta iniciativa a todas as ilhas e municípios do país”.
“Uma das grandes novidades da grande feira é a aposta no livro técnico e académico, bem como no apoio à criação de linhas editoriais e iniciativas locais, tanto de editoras públicas como privadas. A presença de autores consagrados e emergentes, o lançamento de novos livros, o envolvimento de escolas, associações culturais e toda a programação paralelamente e as animações do espaço público concordam em fazer da Grande Feira do Livro um marco na programação cultural, mas também um pilar da política de promoção do livro e da leitura”, aponta.
Conforme disse, os livros do dia serão vendidos com desconto de no mínimo de 20% e no máximo 40% no preço de capa, “bem como a última hora, os livros terão desconto entre 50% e 80%, serão os grandes atrativos da Grande Feira do Livro durante os dez dias”.
“É uma oportunidade única para adquirir livros especializados a um preço extraordinário e de conviver de perto com escritores e especialistas da indústria da livreira”, sublinha.
Para o embaixador de Portugal em Cabo Verde, Paulo Lourenço, esta iniciativa visa contribuir para a economia do livro, para dinamizar o mercado livreiro, estimular a leitura em língua portuguesa e democratizar o acesso ao livro à população cabo-verdiana.
“Penso que estes são motivos suficientes para encorajar o interesse da cooperação portuguesa, que, como já foi referido, tem uma longa história relativamente à feira do livro em Cabo Verde. O investimento realizado pela Cooperação Portuguesa, através do Instituto Camões para a Cooperação da Língua, está estimado em 100 mil euros”, afirma.
Paulo Lourenço explicou que esta aposta assenta numa prioridade dada no programa estratégico de cooperação Portugal-Cabo Verde, 2022-2026, “prioridades que damos, e cito, desenvolvimento de políticas de promoção de bibliotecas, arquivos e a criação artística ou literária, bem como a implementação do Plano Nacional de Leitura”.