“O património cultural alimenta a nossa imaginação e garante, através da sua transmissão às gerações futuras, a sobrevivência da cultura”, afirmou Faye no seu discurso durante a cerimónia de abertura no Grand Théâtre Doudou Ndiaye Coumba Rose, em Dakar.
Faye defendeu que “a economia cultural para apoiar todos os setores e encorajar o crescimento de empresas e indústrias culturais criativas”.
Cerca de 400.000 visitantes são esperados até 07 de Dezembro para descobrir o melhor da arte africana e da diáspora através de centenas de eventos culturais no "in" e "off" combinando pintura, escultura, instalações sonoras e musicais, performances e debates.
Sob o tema "The Wake, l'Eveil, le Sillage" esta edição, conta com direcção artística de Salimata Diop, crítica de arte e curadora, e apresenta obras de 58 artistas de África e da diáspora.
“É um apelo perante a actual crise ambiental e geopolítica”, disse Salimata Diop, directora artística da Bienal, sobre esta edição do evento, à agência espanhola de notícias, EFE.
“Os artistas são os visionários que nos estão a avisar: atenção, atenção, atenção. Queria que o tema reflectisse a posição dos artistas”, sublinhou Diop.
Para a coordenação da exposição, “este evento é importante porque oferece uma oportunidade aos artistas; dá-lhes uma plataforma para se darem a conhecer, progredirem na sua carreira e serem reconhecidos”.
Cabo Verde participa no 'Dak’Art 2024' com trabalhos de artistas plásticos e músicos, para dar visibilidade à cultura do arquipélago, anunciou, quarta-feira, o Governo, em comunicado.
A participação no evento, que dura um mês, tem curadoria do Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design (CNAD) para reforço da presença cabo-verdiana no exterior, “assumindo a cultura como veículo do aumento da notoriedade de Cabo Verde no mundo”.
O país estará em destaque no programa desta edição, juntamente com os Estados Unidos.
Cabo Verde vai apresentar trabalhos dos artistas plásticos Bento Oliveira, Alex Silva, Bela Duarte, Irineu Destourelles (arte interdisplinar), Luísa Queirós (pintura), Manuel Figueira (pintura), Melissa Rodrigues (artista visual), Tchalé Figueira (pintura) e ainda de César Schofield Cardoso (multimédia) e do grupo musical Sizal.
Criada em 1992 pelo Governo senegalês, com uma primeira edição dedicada à literatura, a partir de 1996 esta exposição internacional centrou-se definitivamente na criação africana contemporânea.
O tema da Bienal deste ano, The Wake, tem como objetivo fazer a ponte entre o passado e o futuro, explorando as relações entre a arte, a sociedade, as alterações ambientais e a história, posicionando os artistas como sentinelas de uma nova globalidade.
“A cultura não é um luxo reservado a uma elite, mas um bem coletivo, um motor de crescimento económico e uma alavanca essencial para o futuro do nosso país”, sublinhou Moustapha Ndiaye, coordenador do Comité de Direção da exposição, durante a cerimónia de abertura.
Prevista para Maio e Junho, a 15.ª edição da Bienal acabou por ser adiada para Novembro, alegadamente devido à falta de financiamento para pagar o transporte das obras e o alojamento dos artistas.