“Estávamos a falar do número de 96 a nível de títulos. A nível de edições há muito mais. A nível de títulos editados e reeditados, nos últimos anos têm sido feitos mais a nível dos clássicos nacionais, mas com a implementação do Plano Nacional de Leitura, estamos também a editar obras de referência e outros que vão surgindo, não só as reedições, mas através de concursos e de prémios, de incentivo a edições”, afirma.
Segundo disse no próximo ano, já tem verbas para o financiamento, não só das edições da Biblioteca Nacional, mas também de editoras nacionais que se interessem pela edição.
Para isso, as editoras podem concorrer a esses prêmios de incentivo à edição e reedição de obras aqui em Cabo Verde.
Por outro lado, disse que a Biblioteca Nacional de Cabo Verde tem sido uma referência na sociedade cabo-verdiana. “Já passaram por aqui milhares de alunos, professores e utilizadores de uma forma em geral, que durante os seus percursos de estudo passaram pela Biblioteca Nacional e várias acções têm sido desenvolvidas durante esses 25 anos”.
“Ao longo desse período já passaram pela Biblioteca Nacional sete dirigentes, entre curadores, presidentes e também curadores interinos. É uma data memorável, que nós hoje quisemos assinalar, também homenageando o primeiro presidente da instituição, o que esteve a dirigir a instituição por mais anos, durante 15 anos, o Joaquim Morais”.
“Nessa ocasião especial, relembrando que as bases dos alicerces foram criadas também por ele. Ao longo desses 25 anos, demais personalidades deram corpo e foram criando novas dinâmicas”, frisa.
O Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Augusto Veiga, considera que 25 anos são uma data muito importante, porque na Biblioteca Nacional está o coração a nível da área literária. “Nós valorizamos muito o papel da Biblioteca e devido a isso estamos cá para prestigiar exactamente esta comemoração”.
Augusto Veiga afirmou que a Biblioteca Nacional tem feito um bom trabalho na promoção da leitura. “A Biblioteca tem feito um trabalho muito bom nesse aspecto, tendo em conta também o Plano Nacional de Leitura, que tem tido muito sucesso e que vamos dar continuidade, para além também da edição de mais de 100 títulos de vários autores cabo-verdianos”.
A celebração desta data contou, ainda, com acto de homenagem ao 1º presidente do IBNCV, abertura oficial da Feira do Livro, Especial Natal e da Exposição 25 anos da BNCV (no hall da entrada da instituição).
O Instituto da Biblioteca Nacional de Cabo Verde, sediado na cidade da Praia (com uma delegação na cidade do Mindelo, na Ilha de São Vicente), foi criado pela Resolução no 70/99 de 29 de Novembro com o fito de “recolher, catalogar, conservar e enriquecer nos domínios do conhecimento, o património escrito-literário nacional”.