De acordo com um comunicado de imprensa enviado à Inforpress, o Prémio LeYa, considerado o maior prémio literário em língua portuguesa, visa distinguir obras inéditas de ficção literária, na área do romance, inovando e enriquecendo a tradição da literatura em português.
As candidaturas ao Prémio LeYa, no valor de 50 mil euros devem ser submetidas através da plataforma oficial da LeYa: https://www.leya.com/premio-leya, sendo que, de acordo com a mesma fonte, a selecção das obras candidatas é feita por um júri independente de especialistas literários, que avaliam critérios como originalidade, profundidade temática e inovação estilística.
Desde que foi criado, em 2008, 2024 foi a edição mais concorrida do Prémio LeYa, tendo sido recebidos 1.123 originais, provenientes de Alemanha (quatro), Angola (15), Austrália (um), Bélgica (dois), Brasil (708), Cabo Verde (cinco), Espanha (três), EUA (três), França (quatro), Guiné-Bissau (um), Itália (três), Moçambique (19), Portugal (350), Reino Unido (dois) e Suíça (três).
O vencedor da edição 2024 que contou com cinco participações de Cabo Verde, entre os 1.123 originais, provenientes de 15 países, foi o português Nuno Miguel Silva Duarte, com o romance “Pés de barro”, sendo que até agora, o Prémio LeYa já distinguiu 13 obras e publicou 40 livros inéditos.
Ao longo de todo o processo de leitura e avaliação, a autoria dos romances é desconhecida, sendo que o nome do romance vencedor, e respectivo autor, apenas é conhecido depois de tomada a decisão do júri.
Até ao momento, os premiados foram “O Rastro do jaguar” de Murilo Carvalho (2008), “O olho de Hertzog” de João Paulo Borges Coelho (2009), “O teu rosto será o último” de João Ricardo Pedro (2011), “Debaixo de algum céu” de Nuno Camarneiro (2012), “Uma outra voz” de Gabriela Ruivo Trindade (2013) e “O meu irmão” de Afonso Reis Cabral (2014).
“O coro dos defuntos” de António Tavares (2015), e “Os loucos da rua Mazur” de João Pinto Coelho (2017), “Torto arado” de Itamar Vieira Júnior (2018), “As pessoas invisíveis” de José Carlos Barros (2021), “A arte de driblar destinos” de Celso Costa (2022), “Não há pássaros Aqui” de Victor Vidal (2023) e “Pés de barro” de Nuno Miguel Silva Duarte (2024).
Em 2010, 2016 e 2019 o júri entendeu não atribuiu o Prémio LeYa, por entender que nenhum dos candidatos correspondeu “à importância e ao prestígio” do prémio, e em 2020 o concurso foi suspenso devido à epidemia da covid-19.
O júri do Prémio LeYa é constituído por Manuel Alegre (presidente), José Carlos Seabra Pereira, Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (Portugal), Isabel Lucas, jornalista e crítica literária (Portugal) Lourenço do Rosário, antigo Reitor da Universidade Politécnica de Maputo (Moçambique), Ana Paula Tavares, poeta e historiadora (Angola) e Josélia Aguiar, jornalista e historiadora (Brasil).