A apresentação da peça está enquadrada na celebração do centenário de Amílcar Cabral, consagrando nesta data o louvor aos heróis nacionais, e em homenagem aos 50 anos da Independência Nacional.
A direcção coreográfica e artística da peça é do bailarino Mano Preto, que participa ainda como intérprete, ao lado da bailarina e cantora guineense Nádia Monteiro Nenque.
Numa nota enviada, Mano Preto explica que a peça narra “a importância de seis personagens femininas, que o próprio Cabral chamou de `Mulheres da minha vida´: a mãe, Iva Pinhel Évora; a primeira esposa, Maria Helena; a primeira filha, Iva Maria; a segunda filha, Ana Luísa; a segunda esposa, Ana Maria; a terceira filha, N´dira Abel”.
Segundo o bailarino, cada uma das personagens contribuiu de forma única para a sua jornada pessoal e emocional, e na peça Amílcar lembra os momentos e sentimentos associados a cada uma das mulheres, destacando o papel que elas tiveram.
“Para Amílcar, Iva Pinhel representa a infância e as tradições de Cabo Verde; Maria Helena está ligada aos anos em Lisboa e à descoberta do amor e da poesia; Iva Maria simboliza a inocência da primeira paternidade; Ana Luísa representa a experiência de viver em diferentes países; Ana Maria marca um período da guerrilha e os seus desafios; e N’dira Abel, uma mistura de caos e fé. A peça retrata a complexidade e a riqueza de suas relações", indica.