Segundo o Cineclube Mankara, o filme “Nome” é uma longa-metragem de ficção, que conta com coprodução portuguesa, francesa e guineense.
O filme apresenta uma história familiar tocante do protagonista e das suas relações com a mãe e com a mulher em plena Guerra Colonial na Guiné-Bissau em 1969.
Foi apresentado na secção paralela ACID do festival de Cannes 2023, e igualmente reconhecido no Festival Internacional de Cinema Panafricano de Luanda 2023, ganhando diferentes prémios, tais como o de Melhor Filme, de Melhor Realização e de Melhor Actriz para Binete Undonque.
A mesma fonte informa que no dia 06 de Fevereiro, o filme estará também em estreia nas salas de cinema portuguesas. “No ano em que se comemoram os 50 do fim das guerras coloniais e das lutas pela independência de muitas das ex-colónias africanas de Portugal; que o filme consegue contar, através das vicissitudes dos seus protagonistas, uma história íntima, mas ao mesmo tempo abordando questões históricas fundamentais para perceber o período pós-colonial na Guiné-Bissau, e, inclusive, para percebermos melhor a situação actual naquele país”.
Sana Na N’hada alistou-se na Guerra da Independência aos 13 anos. Depois de dois anos a cuidar de doentes num hospital de campanha, tinha 17 anos quando o líder revolucionário Amílcar Cabral enviou-o para Cuba em 1967, juntamente com Flora Gomes, Josefina Lopes Crato e José Bolama Cobumba, para aprender a fazer cinema e documentar a luta pela Independência.
Frequentou o Liceu Vladimir Ilich Lenin, em Havana, e o Instituto Cubano de Artes e Indústria Cinematográficas. Regressou a Cuba em 1972 e frequentou um curso de aperfeiçoamento em Dakar, nas "Atualidades senegalesas", sob a direção de Paulin Soumanou Vieyra.