​Última noite da 14ª edição do Kriol Jazz Festival marcada por músicas de Cabo Verde e do mundo

PorDulcina Mendes,13 abr 2025 8:28

A terceira e última noite da 14ª edição do Kriol Jazz Festival ficou marcada pelas músicas de Cabo Verde, Estados Unidos, Espanha e Angola. Subiram ao palco nesta última noite do festival: Nancy Vieira (Cabo Verde), Michelle David & The True-Tones (Estados Unidos), Las Karamba (Espanha) e Bonga (Angola).

A cantora cabo-verdiana Nancy Vieira abriu a noite em grande, com as suas belas composições. Com uma voz doce e encantadora, partilhou momentos especiais com o público. Nancy apresentou pela primeira vez em Cabo Verde o seu novo álbum, Gente, lançado no ano passado.

Além das músicas do novo disco, Nancy relembrou temas de álbuns anteriores que fizeram grande sucesso. A cantora destacou que cantar na Pracinha da Escola Grande e no palco do Kriol Jazz Festival foi uma experiência emocionante.

“Emoção por todos os motivos. Não estou a falar só da Nancy artista, mas da filha desta cidade, que apesar de não ter nascido aqui, cresceu na cidade da Praia, brincou nesta pracinha, estudou na Escola Grande, portanto, teve tudo para ser uma grande noite de emoção. E, obviamente, as pessoas, para mim, são o mais importante”, frisou.

Para Nancy, a Pracinha da Escola Grande é um lugar mágico. “Cabo Verde, esta ilha, a chuvinha que veio, e as pessoas, foi tudo mágico. A plateia estava generosa e vi de perto caras conhecidas, colegas, amigos, pessoas mais velhas que conhecia. Estou muito feliz”.

Sobre o novo álbum, afirmou que muitas pessoas já o conhecem. “Mas também há outras que ainda não ouviram. Está disponível em todas as plataformas digitais, e o disco físico pode ser encontrado nas lojas habituais, em CD e vinil”.

O álbum, lançado em Março de 2024, é ainda “uma criança”, como diz Nancy, mas já percorreu a Europa e foi premiado. “Este palco do Kriol Jazz Festival foi ideal para uma estreia ao vivo das músicas novas, o que não invalida um possível concerto de auditório e participação em outros festivais no país”.

Nancy sublinhou ainda o sucesso do festival. “O Kriol Jazz é um sucesso, todos nós já sabemos disso. Vocês, jornalistas, são testemunhas disso com os vossos trabalhos. São testemunhas do sucesso, não só dos cabo-verdianos que vêm das outras ilhas, mas também dos muitos estrangeiros que estão aqui por altura do festival”.

A artista afirmou que a música cabo-verdiana tem o poder de contagiar e tocar os corações das pessoas. “O que está no disco Gente é música de Cabo Verde. Senti-me muito bem acolhida e acarinhada pelo público”.

A segunda actuação da noite esteve a cargo de Michelle David & The True-Tones, que encantaram o público com uma performance vibrante, onde o gospel se funde com o soul clássico e toques contemporâneos, numa harmonia poderosa. A cantora apresentou-se com uma presença marcante e uma voz forte que conquistou todos os presentes.

Michelle David conduziu o público por uma viagem espiritual e musical que emocionou. A cantora levou mensagens de amor, esperança e liberdade ecoando em cada melodia.

Ela disse estar muito feliz com a receptividade do público e garantiu que, se receber mais convites para actuar em Cabo Verde, certamente voltará.

O terceiro concerto da noite foi com Las Karamba, um grupo formado apenas por mulheres, vindo de Espanha para celebrar a força e a diversidade da mulher.

O grupo mistura salsa, son, cha-cha-chá, rap e música urbana, numa fusão poderosa de ritmos e mensagens. O colectivo mostrou-se muito feliz por ter pisado, pela primeira vez, um palco africano.

“Estamos muito emocionadas e esperamos que não seja a última vez. Esperamos visitar mais cidades. Gostaríamos de agradecer ao Kriol Jazz por esta oportunidade e por este espaço dedicado à música”.

Las Karamba é composto por seis mulheres de países como Venezuela, Cuba, Panamá, Argentina e Espanha (Barcelona).

O festival foi encerrado com a actuação do cantor angolano Bonga, que regressou a Cabo Verde após vários anos.

No palco, Bonga afirmou que continua a mesma pessoa, apesar da idade. Cantou, interagiu com o público com as suas habituais brincadeiras, e mostrou muita vivacidade. Fez uma viagem pelas suas músicas mais conhecidas e homenageou Cesária Évora com a canção “Sodade”.

O artista também recordou nomes importantes da música cabo-verdiana, como Djunga de Biluca e Humbertona.

Aos jornalistas, Bonga explicou que demorou a regressar a Cabo Verde devido à sua carreira musical. Aproveitou para parabenizar José (Djô) da Silva pela realização do evento.

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Autoria:Dulcina Mendes,13 abr 2025 8:28

Editado porAndre Amaral  em  15 abr 2025 15:22

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