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Pelo quinto ano consecutivo que a Bantumen, plataforma online focada na cultura negra da Lusofonia, voltou a distinguir as 100 Personalidades Negras Mais Influentes da Lusofonia. Da PowerList contam nomes de Cabo Verde, Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Guiné-Bissau, 52% homens, 48% mulheres.
“Em termos de áreas de atividade a nível global, a lista regista dominância feminina nas Ciências (86%) e Comunicação (100%), e pelo equilíbrio total em Cinema, Digital e Artes Plásticas, provando que a diversidade é a força da lusofonia.”
Cabo Verde surge, mais uma vez, como um dos países mais representados. Entre os selecionados desta edição estão o humorista Benji, o artista Dieg, a economista Helena Semedo, o artista Hélio Batalha, o presidente da Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF) Mário Semedo, a cantora Nancy Vieira, a investigadora Pâmela Borges, o secretário de Estado de Economia Digital, Pedro Lopes, o músico Rahiz e a selecionadora da Seleção Feminina de Futebol, Silvéria Nédio.
Na lista, há também homenageados da diáspora (Portugal) que são de ascendência cabo-verdiana como a historiadora Aurora Almada e Santos, a atleta de Kickboxing Débora Évora, o ativista e poeta Flávio Almada, a educadora e consultora Georgina Angélica, a cineasta Denise Fernandes, a atriz Cléo Diara, a poeta e ativista Vânia Andrade, o académico e historiador Victor Barros e o futebolista Nuno Mendes.
Já a artista Fattú Djakité tem dupla nomeação, Guiné-Bissau e Cabo Verde.
Edy Tavares, Jay Brito, Augusto “Gugas” Veiga, António “Tó” Tavares, Darlene Barreto, Dino D’Santiago, Graça Sanches, Mayra Andrade, Celeste Fortes, Filomena Fortes e Miriam Medina são outros nomes cabo-verdianos que já foram selecionados nas edições anteriores do PowerList.
Segundo a co-fundadora da Bantumen Vanessa Sanches, o maior desafio enfrentado ao longo dessas edições está ligado ao facto de 100 ser um número muito pequeno considerando a população da lusofonia negra e da sua diáspora.
“(…) é um trabalho extremamente complexo discriminar perfis e comparar também de certa forma. Portanto, é o nosso principal desafio, conseguir um consenso entre todos para chegarmos a uma lista final de 100 personalidades”, disse a representante da revista digital em declarações ao Balai.
Apesar dos desafios enfrentados ao longo dos anos, Vanessa Sanches afirma que o balanço é positivo, considerando a visibilidade que a PowerList cria para as personalidades nomeadas.
“Temos por exemplo o artista plástico Sebastião Coana que em entrevista nos disse que estar no PoweList 2022 permitiu-lhe ter visibilidade a nível internacional e chegou inclusive a expor o seu trabalho em países como a França. Ou o vencedor do prémio Marcas Por Escrever, no ano passado (2024) que num podcast angolano afirmou que a sua faturação subiu mais de 15% no ano nos meses seguintes. E esse é justamente o resultado que esperávamos ter quando em 2021 decidimos avançar com esta iniciativa”, salienta.
É de salientar que os nomes que compõem a lista são definidos em concertação entre jornalistas e produtores de conteúdo de onze meios e plataformas de informação lusófonas: Notícia Preta e Inventivos, do Brasil; Balai e Rádio Cidade, de Cabo Verde; Marcas Por Escrever e Xonguila, de Moçambique; RSTP e STP On, de São Tomé e Príncipe; PlatinaLine, de Angola; Nô Balur e Nô Sta Djunto, da Guiné-Bissau; e Tabanka TB, da Diáspora, além da Bantumen, com base em Portugal. Este ano, a iniciativa contou também com o apoio institucional do Ministério da Cultura e Indústrias Criativas de Cabo Verde.
A revelação dos homenageados foi feita este sábado, 6, no Pátio da Galé, em Lisboa, durante uma gala que reuniu homenageados, artistas, académicos e representantes institucionais. A cerimónia será transmitida pela RTP África no dia 20 deste mês, às 20h30 (hora de Cabo Verde).
