A posição do governo foi manifestada através de um comunicado de imprensa, tendo em conta a repercussão do caso nos meios de comunicação social e nas redes socias, com alegações de dopagem como causa de morte dos cavalos na ilha do Fogo.
O executivo informou que estão, igualmente, a ser criadas as condições para se proceder ao registo de todos os cavalos que participam em competições ou eventos em Cabo Verde.
“A materialização do controlo de dopagem nos animais, a breve trecho, servirá para proteger o desporto limpo, a verdade desportiva e, especialmente, a vida, a saúde e a integridade dos animais”, lê-se.
No comunicado, o governo refere que a Organização Nacional Antidopagem de Cabo Verde (ONAD-CV), desde a primeira hora, tem estado em permanente contacto com as autoridades competentes no sentido de perceber a possibilidade de averiguação das causas da morte dos cavalos, uma vez que a investigação deste caso ultrapassa o estrito âmbito das suas competências, podendo eventualmente haver responsabilidade criminal.
A mesma fonte diz que até agora, o país não possui uma federação de hipismo, que enforme e formalize as competições, estando as provas equestres circunscritas somente às associações regionais, aos municípios e entusiastas da modalidade.
Tal vácuo a nível associativo, prossegue, faz com que o país desportivo ainda não esteja filiado na Federação Equestre Internacional (FEI), no sentido de aderir ao Código de Conduta da FEI, além de reconhecer e aceitar que o bem-estar do cavalo é de fundamental importância, e não deve nunca estar subordinado a influências comerciais ou competitivas.
De referir que três cavalos que participaram na passada quarta-feira,27, na primeira fase da prova do hipismo morreram no dia 28.
Os três cavalos, “Foguete”, “Vulcão” e “América Dreams” são propriedade de emigrantes nos Estados Unidos da América e encontravam-se na mesma cocheira.
Na sequência, o presidente da ONAD-CV, Emanuel Passos, defendeu a adopção de umapolítica antidopagem comum à Lusofonia.
“Precisamoscriar uma políticaantidopagem comum à lusofonia, de modoa se teruma única voz”, acrescentou Emanuel Passos, em declarações aos jornalistas, após aassinatura de um protocolo entre a ONAD-CV e aAutoridade Antidopagem de Portugal (ADoP).