Apesar da entrega dos jogadores de uma e de outra equipa, o jogo foi equilibrado e o resultado, na opinião dos dois treinadores se ajusta perfeitamente.
As oportunidades de golo foram escassas e os poucos que surgiram, quer do lado do Botafogo, que devia ter a iniciativa por jogar em casa, quer do da Palmeira foram desperdiças ou foram travadas pelos guarda-redes.
Aos 17 minutos do jogo a formação do Botafogo pediu grande penalidade, mas nem o assistente nem o árbitro central encontraram razão para a marca do castigo máximo.
Na passagem do minuto 18, Sy deixou para trás quatro jogadores de Palmeira, mas não conseguiu o seu objectivo que era marcar, e no minuto 20 foi a vez de Palmeira reclamar de uma grande penalidade, que também não foi assinalada.
A grande oportunidade de golo surgiu aos 22 minutos e para o Botafogo, mas com o guarda-redes da Palmeira atento e a defender e, no minuto 33, Latche, da Palmeira, desperdiçou uma hipótese, para, no minuto seguinte, Rendrik a rematar ao lado.
A segunda metade do desafio foi mais pobre em situações de concretização para as duas equipas, e o jogo terminou sem que o placar funcionasse.
O treinador do Botafogo, Danilo Dinis, considerou que o empate e o facto de não ter sofrido golo em casa é positivo, reconhecendo que o cansaço da viagem e o stress da equipa ter permanecido alguns dias retida na Cidade da Praia pesou neste jogo.
“A equipa esteve abaixo do normal e do esperado”, disse o treinador, que justificou o facto de ter efectuado apenas uma substituição, troca de Tutuxo por Jardel, devido ao cansaço e não quis fazer muitas alterações para não perder o jogo.
O Botafogo vai preparar durante a semana para o jogo da segunda mão, focado na passagem à final do campeonato nacional de futebol, segundo Danilo Dinis.
Por sua vez, o treinador de Palmeira, Dichinha, considerou que foi um bom jogo “num campo complicado”, por ser mais pequeno que o campo onde está habituado a jogar.
“Foi um bom jogo, ganhando era um excelente resultado, não perder é um bom resultado e vamos levar passagem à final para a nossa casa”, disse o treinador, sublinhando que foram duas equipas com qualidade.
Segundo o mesmo a sua equipa leva uma “pequena vantagem” para a ilha do Fogo, mas lembrou que se trata de uma meia-final e que a possibilidade de passar é repartida a 50 por cento.
A equipa de arbitragem da região desportiva de Santiago Sul, formada por Ivaldir Isidoro Rodrigues Silva, Estevão Olímpio Fernandes da Rosa e Bruno Miguel Gomes Vaz (assistentes) e Adilson João Moreno Cabral (quarto árbitro) fizeram um trabalho positivo, apesar de alguma reclamação na marcação de uma ou outra falta.
Antes do início do jogo os jogadores, dirigentes e público em geral observaram um minuto de silêncio em homenagem a Carlos Afonso, ele que foi um relatador de jogos de futebol, e que foi a enterrar na última quarta-feira, na ilha de São Vicente.