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Esta foi a primeira vez que a atleta paralímpica conquistou o primeiro lugar nesta prova e, conforme declarou à Inforpress, foi uma vitória “bastante gratificante” porque foi a única paralímpica a disputar com atletas olímpicas que “são fortes, sem nenhum tipo de deficiência”.
“Foi uma grande vitória para mim para mostrar que nós também temos de estar incluídos no desporto e, por isso, estou bastante satisfeito. Não foi fácil vencer esta prova porque os olímpicos são fortes, estava a preparar para isso, e ter esta vitória foi bastante gratificante”, explicou a atleta, que foi campeã de São Vicente e conquistou medalhas de ouro, prata e bronze no Grand Prix Series’2022, na Tunísia.
A atleta, que tem uma baixa visão, informou ainda que fará uma participação na “prova rainha”, a tradicional Corrida de São Silvestre, que acontece este sábado, em São Vicente, com partida na Laginha e meta na Rua de Lisboa.
Quanto a competições internacionais, Heidilene Oliveira revelou que está a preparar-se com treino “bastante rigoroso” e com foco na participação nas provas internacionais no próximo para trazer mais medalhas para o País.
Em sénior masculino, Claudino Tavares, que representou o Comando da 1ª Região Militar, em São Vicente, venceu a prova.
O militar, 30 anos, natural de Santiago e que vive há dois anos em São Vicente, disse que venceu pela primeira vez e mostrou-se contente com a conquista porque a corrida de velocidade é onde se sente mais à vontade.
“Comecei em 2014, estive seis anos a praticar em Portugal. Como gostei voltei para Cabo Verde e continuei a praticar, embora aqui este sector é menos evoluído, e lá tem mais investimento, vou seguindo na medida do possível” declarou a mesma fonte que pediu às entidades competentes para continuar a investir em atletas cabo-verdianos.
Ainda neste sábado, Claudino Tavares vai participar na Corrida de São Silvestre como técnico de uma equipa de atletas do Comando da 1ª Região Militar.
Também houve competições no escalão juniores, prova de 80 metros, que foi conquistada por Licínio, em masculino, e Ana Fernandes, em feminino.
Segundo o presidente da Associação Regional de Atletismo de São Vicente, Arlindo Fonseca, esta prova vai no segundo ano consecutivo, mas é um “lançamento de pedras” expectante para a continuidade nos próximos anos.
“Este ano houve mais atletas e até já apareceu juniores que querem correr”, indicou o responsável, para quem, no total, participaram 25 atletas na corrida dos 150 metros.
Para a prova deste sábado, afirmou que está tudo a postos, mas inscrições ainda se encontram abertas.
A expectativa, explicou, é ter cerca de 100 participantes a disputar nas categorias de juniores, seniores e veteranos.
