O presidente da Federação Cabo-verdiana de Xadrez fala num desporto secular, que “pode ser comparado com qualquer outra modalidade”.
“Porque, por exemplo, enquanto nas outras competições temos competições masculinas e femininas, no Xadrez, na mesma competição podem jogar atletas do sexo masculino, feminino, podem jogar todos os jogadores. Há competições específicas só para mulheres, mas na competição geral podem jogar todos, jogadores com e sem deficiência, tudo na mesma competição que chamamos de competição open, onde pode jogar quem quiser, com a idade que tiver”, refere.
A Federação Caboverdiana de Xadrez existe desde 2016, com cinco associações formalmente constituídas no Sal, São Vicente e São Nicolau, na Praia e em Santiago Sul. De acordo com Francisco Carapinha, a instituição conta com cerca de 100 competições homologadas pela federação internacional.
Francisco Carapinha lamenta, contudo, que apesar do crescimento em Cabo Verde e da projecção da imagem do país a nível internacional, a modalidade não seja “acarinhada” pelas instituições desportivas do país.
“A principal instituição, o IDJ, infelizmente parece que não gosta do Xadrez, porque inclusive, agora, na premiação dos campeões, o xadrez ficou de parte, numa coisa que consideramos humilhante, porque convidaram os campeões nacionais para estarem na cerimónia e no fim não tiveram prémios. O Xadrez não merece isso pelo que tem trazido ao país”, lamenta.
O Dia Internacional do Xadrez é anualmente celebrado a 20 de julho, data que corresponde à criação da Federação Internacional de Xadrez, em Paris, em 1924.