"Estamos num grupo extremamente complicado, com equipas muito experientes” como Egito, Gana ou Moçambique, formação lusófona “que tem crescido muito nos últimos anos”, afirmou, à Lusa, o presidente da Federação Cabo-Verdiana de Futebol (FCF), Mário Semedo.
A seleção cabo-verdiana disputa a principal competição africana de seleções pela quarta vez, a segunda seguida, depois de ter chegado aos oitavos de final em 2021, aos quartos em 2013, na estreia, e ficado pela fase de grupos em 2015.
Os comandados do selecionador Bubista estreiam-se na competição no domingo, frente ao Gana, encerrando a disputa do Grupo B diante do vice-campeão africano Egito, orientado pelo português Rui Vitória, no dia 22, já depois de medirem forças frente às 'mambas'.
“Moçambique é uma seleção lusófona, há sempre aquela rivalidade saudável entre os países que falam a mesma língua, mas nada de especial: vamos jogar para atingir os objetivos", acrescentou.
Mário Semedo admitiu "pressões e resistência" por parte dos clubes relativamente à cedência de jogadores para a seleção, sobretudo dos emblemas europeus.
"Este é um fenómeno que toda a África enfrenta, não só Cabo Verde, em relação aos jogadores que estão na Europa: há sempre muita pressão por parte dos clubes”, disse o dirigente, que apelou a mais diálogo entre a Confederação Africana de Futebol (CAF) e a FIFA para resolver essas "pressões".
Contar com os avançados Jovane Cabral, que alinha nos italianos da Salernitana, ou Bebé, dos espanhóis do Rayo Vallecano, alimenta a ambição por um melhor resultado que o conseguido em 2013, quando figurou nos oito primeiros lugares da competição disputada na África do Sul.
"São jogadores experientes, de alta competição e de duas ligas muito fortes, que com certeza darão mais-valias e podem acrescentar muito ao grupo", vincou o responsável.
A CAN2023 vai ser disputada entre sábado e 11 de fevereiro, na Costa do Marfim.