Considerada outra grande “esperança” de Cabo Verde nesta competição, Nancy Moreira, 35 anos, campeã africana de boxe de 2023 e número dois mundial do “ranking” da Federação Internacional de Boxe (AIBA da sigla em inglês) mostrou-se inconformada com o veredicto dos juízes no Arena Paris Nord. A cabo-verdiana de 1,78 metros lutou de igual para igual na categoria dos 66 quilogramas, peso meio-médio, com a campeã do mundo leve da WBF, detentora da medalha de prata nos Jogos Europeus de 2023. Uma boxeadora profissional com um recorde de boxe profissional de 20 vitórias, sem o registo de uma única derrota.
A cabo-verdiana considera que o sonho de lutar por uma medalha foi “travado”.
“Eu estava forte psicológica e fisicamente. Tive um assalto brilhante e por poucos ela não foi ao tapete. O segundo combate foi equilibradíssimo, mas ganhei, para no final me atribuíram derrota… é um sentimento!… não tenho palavras. Indescritível”, lamentou a atleta para quem “há muitos privilégios em jogo e a África “ainda tem muito caminho para andar”.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1184 de 7 de Agosto de 2024.