O vice-presidente da FCF, Paulo Santos, manifestou esta inquietação pelo facto da Associação Regional de Futebol da Brava descartar a possibilidade de realizar o campeonato regional, o que implica ausência no Nacional, uma vez que os clubes não conseguiram reunir os jogadores para a composição dos plantéis.
Esta apreensão é extensiva à Associação Regional de Futebol do Maio que, a esta altura, está “numa luta contra-relógio” para realizar um campeonato com pelo menos três equipas, já que a maioria dos clubes, como o próprio campeão regional em título, alegam incapacidade financeira para a formação do plantel.
Os dirigentes alegam que hoje em dia “os jogadores deixaram de jogar por amor à camisola”, razão pela qual, “sem dinheiro não assinam as fichas”.
“O Comité Executivo da FCF indicou um membro para o acompanhamento deste processo. Nós entendemos que há que se fazer um trabalho com os clubes. Detectamos alguma situação em relação a alguma dificuldade na inscrição da FIFA Connect e na organização dos próprios clubes”, referiu este dirigente federativo.
O Comité Executivo da FCF, sublinhou, tem esta sinalização, pelo que pretende trabalhar claramente nos próximos tempos sobre a sustentabilidade dos clubes de futebol em Cabo Verde.
“Acho que isto é um dos factores mais importantes nos próximos anos. Trabalhar a sustentabilidade dos clubes, porque muitos dos problemas têm a ver com a sustentabilidade e com o próprio funcionamento dos clubes, que muitas vezes funcionam com uma ou duas pessoas”, explicou.
Anunciou para breve uma reunião com a Associação Regional da Brava, à semelhança de uma outra já realizada com a do Maio, assim como os clubes, para poder perceber a razão deste problema, de forma a trabalhar para que na próxima época, todas as regiões desportivas possam participar no Campeonato Nacional.