Em entrevista à Rádio Morabeza, Amílcar Graça, promotor da etapa em São Vicente, diz que trazer esta competição para Cabo Verde representa a concretização de um sonho de mais de 30 anos de dedicação ao voleibol, sobretudo ao voleibol de praia.
“Nós conseguimos concorrer e ganhar este concurso. Não é fácil. Só para dar um exemplo: em África, apenas um país já realizou este evento este ano, e agora é Cabo Verde. Nem todos os países participaram nesta competição. Só para dar outro exemplo: nos Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, Japão, Lituânia, Polónia, Eslovénia e Suíça, todos vêm para este evento; e os países de África, como Senegal e Gâmbia, também vêm todos para cá, para Cabo Verde, por causa da nossa posição, do nosso posicionamento desportivo que Cabo Verde tem neste momento a nível mundial. Então, ganhámos este concurso, ganhámos uma janela super importante neste evento, que é a última etapa, onde todos os atletas que ainda não pontuaram para os Jogos Olímpicos e para subir para o Elite vêm cá para somar pontos. Quer dizer, virão os melhores do mundo”, explica, em entrevista à Rádio Morabeza.
No total, participam cerca de três dezenas de duplas masculinas e três dezenas de duplas femininas, com Cabo Verde a marcar presença com cinco duplas em cada categoria.
O país vai ficar com cerca de uma dezena de árbitros cabo-verdianos certificados para arbitrar competições internacionais da Zona 2. Amílcar Graça explica que a projeção vai muito além da vertente desportiva.
“Isto quer dizer que o voleibol, enquanto modalidade, vai atingir outro patamar. Isto vai trazer uma mais-valia para Cabo Verde. O país vai passar a ser conhecido não só pelo futebol, basquetebol, andebol ou kitesurf, mas também pelo voleibol. Para dar um exemplo do que Cabo Verde vai ganhar: todos os atletas, dirigentes e elementos da comunicação social que vão chegar a São Vicente vão pagar transporte, estadia e alimentação. Estamos a falar de mais de 12 mil contos que vão entrar em São Vicente durante esses dias. É a modalidade que vai desenvolver, mas é também a economia da ilha. Durante estes dias, a economia vai disparar, embora depois os atletas regressem”, afirma.
A prova está orçada em 17 mil contos, financiada maioritariamente pelo Governo. Os jogos serão transmitidos para todo o mundo.
O promotor do Circuito Mundial de Voleibol de Praia em São Vicente garante que todos os atletas vão competir com equipamentos oficiais identificados com o nome do país.
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