Ao Wall Street Journal do último sábado, a discreta Isabel respondeu a perguntas sobre a origem do seu dinheiro, tema que chegou nos últimos meses à discussão política europeia, depois de cinco eurodeputados terem pedido à Comissão Europeia para investigar a compra de uma posição maioritária – 66,1% - na tecnológica portuguesa Efacec.
A propósito, o WSJ recorda as “dúvidas legítimas de que o Estado angolano podia estar a financiar directamente as compras ‘privadas’ de Isabel dos Santos, incorrendo em inúmeras ilegalidades”.
Receios que Isabel dos Santos nega categoricamente. “Não sou financiada por dinheiro do Estado ou quaisquer fundos públicos”, comenta a empresária, que acrescenta que raramente vê o pai, porque ambos são “muito ocupados”.
A compra da Efacec foi feita através da Winterfell Industries, uma empresa criada apenas em Dezembro de 2014, registada na Madeira e controlada pela empresária angolana. Ora, dois meses antes do negócio, chegou de Luanda uma ordem, assinada por José Eduardo dos Santos, a autorizar a aquisição, por parte da eléctrica angolana, de 40% do capital da Winterfell. A empresária explica que a compra da posição ainda não está concluída. Entretanto, a Efacec passou a fornecer três barragens que estão a ser construídas em Angola.