Governo quer privatizar Electra até 2020

PorInforpress, Expresso das Ilhas,3 mai 2018 6:40

​A informação foi avançada por Olavo Correia no final da visita que efectuou às instalações da Electra na Gambôa e Palmarejo, acompanhado do ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandra Monteiro, tendo indicado que o processo de privatização deverá passar por um estudo, decisão e posteriormente será implementado.

“Neste momento temos vários modelos sobre a mesa, mas também estamos a auscultar o mercado internacional e em função disso iremos analisar com calma qual será o melhor modelo e que nos permita ser independente em relação aos combustíveis fosseis, utilizar cada vez mais as energias renováveis no fornecimento de eletricidade aos cidadãos, reduzir a factura energética, fazer uma gestão inteligente para que possamos combater as perdas técnicas e comerciais e produzir energia suficiente para abastecemos todas as ilhas de Cabo Verde”, sublinhou.

O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças adiantou que já receberam propostas de vários interessados, mas sublinhou que neste momento o essencial é trabalhar num modelo adequado e ideal.

Sendo a Electra a maior empresa pública cabo-verdiana, sublinhou que desde 2011 foram investidos mais de 150 milhões de euros e que caberá ao Governo garantir que os cabo-verdianos e empresas tenham energia mais limpa, barata, com fornecimento em todo o país, sobretudo com impacto enorme ao nível da redução energética.

“A nossa ideia é que até o final da legislatura possamos reduzir em 25 por cento (%) a energia energética, e acho que é possível através do combate às perdas técnicas, comerciais, mas também através de um sistema de gestão inteligente de comando eletrónico técnico”, realçou Olavo Correia, indicando que o Governo está a trabalhar na criação de um quadro que permita ao país ter mais energias renováveis.

Segundo o governante, Cabo Verde já dispõe de 20 por cento (%) de energias renováveis que, a seu ver, é um bom número uma vez que o país está no top a nível do continente africano, mas tem espaço para avançar muito mais com um quadro regulatório claro que permitirá aos privados investir neste sector e reduzir a dependência em relação aos combustíveis fosseis.

Por seu turno, o ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Monteiro, afirmou que a empresa está preparada para começar a trabalhar muito brevemente com o fuel 380, que é um combustível mais económico e que irá reduzir o custo da eletricidade, tem apostado numa gestão mais eficiente de sistema energético com melhor qualidade de serviço permitindo assim mais penetração de mais energia renovável no sistema.

Explicou ainda que Cabo Verde poderá alcançar a meta de 50 por cento (%) de energia renováveis até 2020 pela experiência que tem no sector, pelos investimentos a nível das redes, mas também pela dinâmica de investimentos privados.

“Com mais energias renováveis em condições competitivas, vamos ter energias mais baratas em mais quantidade e ficaremos menos dependente da flutuação do mercado do petróleo a nível internacional”, assegurou revelando que com essa estratégia vai ser possível baixar a factura da electricidade.

AV/FP

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Autoria:Inforpress, Expresso das Ilhas,3 mai 2018 6:40

Editado porAndre Amaral  em  4 mai 2018 9:20

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