Paulo Lopes falava aos jornalistas, no final da cerimónia oficial de início da operação, realizada na Gare Marítima de Passageiros, em São Vicente. Segundo o responsável não está prevista qualquer alteração de preços.
“É um não assunto. Houve a preocupação de se fazer a mudança na continuidade, não fazer alterações de preçários de qualquer tipo. Não está prevista nenhuma actualização, nesse momento”, afirma.
De acordo com o administrador executivo da companhia marítima, “o foco está na regularidade, pontualidade e fiabilidade na prestação do serviço”.
Quanto aos bilhetes, ainda esta semana deverá ser lançada a venda online, o que segundo o responsável da empresa será mais um canal de venda.
“Este serviço vai ser lançado esta semana, inclusivamente, pode ser emitido o bilhete por telemóvel, há uma app que pode ser baixada para este efeito e será mais um canal de venda. Vão-se manter as bilheteiras, como até hoje, as agências de viagens e tudo mais”, aponta.
A CVI está a operar, nesta primeira fase, com navios que já existiam no mercado nacional, propriedade dos anteriores armadores. Aguarda-se, em Outubro, um reforço da frota. A substituição dos navios deverá iniciar-se em 2021.
“Relativamente à previsão e ao planeamento de renovação da frota, temos previsto um navio designado K1, este ano, em Outubro. Durante o primeiro semestre do próximo ano, iremos reavaliar a substituição do Crioula e do Liberdadi, com base na experiência deste primeiro navio, definiremos depois. Está prevista para o primeiro trimestre de 2021, a substituição do Praia D’aguada e do Inter-ilhas”, indica.
“No primeiro semestre do próximo ano vamos repensar a adequabilidade dos catamarãs, são navios bons, mas para alguns trajectos, mais longos e, sobretudo, de capacidade de carga e passageiros, não são os mais adequados”, acrescenta.
A CVI, criada na sequência da concessão do serviço marítimo inter-ilhas, é constituída por uma equipa de cerca de 135 colaboradores, a maioria de nacionalidade cabo-verdiana, e está a operar com quatro navios.
Assegura Paulo Lopes que “a esta frota se juntará, em breve, o navio Sotavento”, em reparação.
O Contrato de Concessão do Serviço Público de Transporte Marítimo de Passageiros e Carga, entre o Governo e a Transinsular, foi assinado a 15 de Fevereiro. A empresa portuguesa fica com 51% do capital e os armadores nacionais com 49%. A concessão é válida para um período de 20 anos, passível de renovação.