Cabo Verde pode ser Singapura de África, diz consultora LBC

PorExpresso das Ilhas, Lusa,11 out 2019 8:05

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​O administrador da consultora empresarial LBC, Jorge Cravo, entende que Cabo Verde, onde a empresa portuguesa iniciou a sua internacionalização, tem potencialidades para ser a "Singapura de África".

"A integração de Cabo Verde em 'hubs' [centros] de crescimento tecnológico mais relevantes rapidamente vai transformar-se em acelerador do crescimento do próprio país", afirmou o administrador da LBC responsável pelos negócios naquele mercado.

Jorge Cravo adiantou que, nesse sentido, a LBC tem vindo "a procurar montar com o Governo de Cabo Verde uma estratégia para poder fazer uma integração maior do ecossistema empreendedor tecnológico cabo-verdiano com as redes de inovação e empreendedorismo europeias e também dos Estados Unidos [da América]".

"Claro que, para que isto aconteça é preciso que haja vontade política, depois que haja disponibilidade para dinamizar junto dos 'clusters' aos quais Cabo Verde se quer ligar para estabelecer essa ligação. (...) O resto virá de uma forma natural", considerou.

Para Jorge Cravo, Cabo Verde tem hoje, além de um sistema empreendedor "bastante relevante", também os "fundos para desenvolver esse 'cluster'".

Além disso, sustentou, "tem na diáspora pessoas colocadas em posições que podem alavancar o desenvolvimento desse 'cluster'".

Do seu lado, a LBC "tem procurado dinamizar o posicionamento de Cabo Verde como a Singapura de África", acrescentou.

Jorge Cravo lembrou que Cabo Verde estabeleceu "como uma das áreas prioritárias ser uma plataforma de serviços para a África e outros mercados".

"E na área da tecnologia acreditamos muito nesse posicionamento de Cabo Verde como a Singapura africana", sublinhou.

Para a empresa, o mercado de Cabo Verde, onde já realizou mais de 50 projectos, tem crescido em média entre 5% e 7% ao ano, embora com oscilações, e continuará a ser uma aposta da empresa.

A LBC - Innovation Transformation Delivered nasceu em 2001 e está estruturada em três linhas de serviços: uma de consultoria de gestão, onde elabora estratégias e estudos sectoriais, planos de negócios, estudos de viabilidade e reestruturações, uma segundo área mais de projectos tecnológicos e uma terceira mais virada para a capacitação e formação à medida dos clientes.

A empresa registou no ano passado um volume de negócios de cinco milhões de euros e um lucro de 500 mil euros.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,11 out 2019 8:05

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  12 out 2019 20:03

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