Numa mensagem divulgada esta manhã, o chefe do Governo saúda a “efectivação da sociedade Nortuna CV SA”, assumindo tratar-se de um “excelente projecto para São Vicente”, que resulta da recente assinatura de um memorando de entendimento entre o Ministério da Economia Marítima e a empresa norueguesa.
“A Nortuna, uma empresa referência mundial na reprodução de atum em aquacultura, escolheu Cabo Verde para produção em larga escala, prevendo criar mais de 400 postos de trabalho directos e um total de 1.200 indirectos”, anunciou o primeiro-ministro.
O governante acrescentou que a primeira fase deste investimento em São Vicente será em Flamengo, estando prevista a expansão posterior para Tarrafal de Monte Trigo (ilha de Santo Antão) e para a ilha de São Nicolau, decorrendo a produção nas águas do Atlântico.
A mesma informação é confirmada pela Nortuna, que numa nota consultada pela Lusa refere que o memorando de entendimento que assinou com o Governo cabo-verdiano visa “desenvolver e expandir a produção de atum-rabilho do Atlântico na região de Cabo Verde”.
“Juntos, iremos desenvolver a produção de peixes de alta qualidade, garantindo que os impactos ambientais e o bem-estar dos peixes sejam cobertos ao mais alto nível. Através da produção sustentável, a Nortuna será o contribuinte mais importante de Cabo Verde para atingir os objetivos de sustentabilidade da ONU”, lê-se na informação da empresa de origem norueguesa.
O atum-rabilho (Thunnus thynnus), que pode ultrapassar os 200 quilogramas por peixe, é considerado o “rei” do sushi e apresenta, recorda a empresa, o valor mais alto de mercado, com o Japão a garantir 60% das compras.
O atum-rabilho é uma espécie classificada como ameaçada e o excesso nas capturas no Atlântico e no Pacifico levou várias empresas a apostarem em produção certificada através de aquacultura.