Banco de Cabo Verde reconhece evolução “menos desfavorável” na actividade económica

PorExpresso das Ilhas, Lusa,24 mai 2021 11:38

O Banco de Cabo Verde (BCV) reconhece uma evolução “menos desfavorável” da actividade económica no país no primeiro trimestre deste ano, com um aumento da procura interna, mas permanecendo os efeitos da crise provocada pela pandemia de covid-19.

“Os indicadores disponíveis apontam para uma evolução ligeiramente menos desfavorável da actividade económica no primeiro trimestre de 2021. Os indicadores de alta frequência do Banco de Cabo Verde sugerem um aumento da procura interna nos primeiros três meses do ano, face ao quarto trimestre do ano anterior”, reconhece o BCV, num relatório consultado hoje pela Lusa sobre os indicadores económicos e financeiros até maio.

De acordo com o banco central, esse aumento da procura, num contexto de ainda lenta recuperação da procura turística, actividade que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, foi “impulsionado por algum fortalecimento do consumo”, através da “dinâmica das importações de bens de consumo não duradouros, duradouros e automóveis”, face ao quarto trimestre de 2020.

“O indicador de procura externa, entretanto, deteriorou-se com o aumento das importações de mercadorias e redução das exportações de mercadorias, num contexto de fraca recuperação das exportações líquidas de serviços”, reconhece ainda o BCV.

Aquela instituição reconheceu anteriormente que o país registou em 2020 o "pior desempenho económico" da sua história, com uma recessão económica de 14,8% provocada pela pandemia, projetando um crescimento de 5,8% para este ano.

"As perspectivas actualizadas para 2021 apontam para um crescimento da economia em torno de 6% [estimativa de 5,8%], garantidos o controle da pandemia no Ocidente, em particular nas economias parceiras de Cabo Verde, bem como no país", estimou o banco central.

No entanto, no mesmo relatório anterior, é referido que as incertezas no processo da imunização da população mundial contra o novo coronavírus e, consequentemente, a recuperação da actividade económica, "continuam excepcionalmente elevadas".

"Com efeito, em caso de um atraso no controlo da pandemia a nível externo e interno, de algum constrangimento na execução do Orçamento do Estado e da retirada desapropriada de determinadas medidas de apoio às empresas e famílias, o crescimento poderá rondar os 3% em 2021", acrescenta.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,24 mai 2021 11:38

Editado porAndre Amaral  em  4 mar 2022 23:20

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