Através de um comunicado de imprensa, o executivo justifica a aquisição dos 40% de acções para enquadrar a empresa no plano de reestruturação das empresas públicas do setor energético e de água, de modo a torná-la mais competitiva.
“Assim, procedeu-se, por despacho conjunto do Ministro das Finanças e do Fomento Empresarial e do Ministro da Indústria, Comércio e Energia, com a criação de uma equipa constituída por técnicos dos dois Ministérios, para negociar a aquisição de 40% de acções da empresa, com suporte na avaliação independente da empresa e no estudo sobre a viabilidade da aquisição, feitos em cumprimento das exigências legais”, refere a fonte.
O governo informa igualmente que com base na aprovação de um relatório elaborado pela referida equipa negocial, foi efectivada a compra das acções no presente mês, criando as condições para avançar com uma “importante” vertente da mencionada Reforma do Mercado Energético, com importantes ganhos em termos de eficiência da previsão de serviços energéticos e de abastecimento da água na Ilha da Boa Vista. Condição que o executivo refere como sendo indispensável para a evolução da actividade industrial e do turismo, e com ganhos importantes para a população residente.
De referir que em Agosto de 2021, o governo aprovou a emissão de um aval estatal de 496.170.000 escudos para a AEB, depois de ter sido afectada pela crise provocada pela ausência de turistas, garantindo assim o fornecimento daqueles serviços.
O aval foi concedido para um financiamento de 250 milhões de escudos junto do BCN, com um prazo de 18 meses, e de igual valor através da Caixa Económica de Cabo Verde, neste caso com um prazo de 10 anos.