Primeiro-ministro diz que acordo com a Icelandair para liberalização do avião arrestado foi “vantajoso” para o País

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,11 jul 2022 14:49

O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, afirmou hoje que o acordo com a Icelandair e que permitiu a liberalização do avião arrestado como garantia para pagamento das dívidas da companhia islandesa foi” vantajoso” para Cabo Verde.

“Havia um processo no Tribunal Arbitral que foi resolvido com vantagens para Cabo Verde e de forma que possamos estar livres de qualquer contencioso internacional relacionado com o sector dos transportes aéreos”, declarou o primeiro-ministro.

O chefe do Governo falava aos jornalistas no final de cerimónia de assinatura Programa do País 2022-2026 entre o Governo de Cabo Verde e a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), quando foi instado a comentar o assunto que também foi tema de uma conferência de imprensa do PAICV, no sábado, 09.

O arresto de avião ocorreu em Junho de 2021, na sequência de uma providência cautelar intentada pelo Governo de Cabo Verde contra a Icelandair com propósito do mesmo servir como garantia para pagar as dívidas da companhia junto de credores e fornecedores.

Questionado sobre o pagamento destas dívidas, Ulisses Correia e Silva disse que “tudo ficou consolidado e acordado”.

“Esse acordo permitiu com que possamos ter todas as partes resolvidas em termos de relações e poderemos desenvolver o nosso sector dos transportes a aéreos sem problemas”, disse, sem avançar mais detalhes.

Em Março de 2019, o Estado de Cabo Verde vendeu 51% da TACV por 1,3 milhões de euros à Lofleidir Cabo Verde, empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF (grupo Icelandair, que ficou com 36% da Cabo Verde Airlines — nome comercial da companhia) e em 30% por empresários islandeses com experiência no sector da aviação (que assumiram os restantes 15% da quota de 51% privatizada).

Entretanto, na sequência da paralisação da companhia durante a pandemia de covid-19, o Estado cabo-verdiano assumiu em 06 de julho de 2021 a posição de 51% na TACV, alegando vários incumprimentos na gestão, e dissolveu de imediato os corpos sociais.

Em 26 de Novembro, a Loftleidir Cabo Verde anunciou que deu início a um processo arbitral contra o Estado cabo-verdiano alegando “violação dos acordos celebrados entre as partes”, face à re-nacionalização da companhia aérea de bandeira TACV.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,11 jul 2022 14:49

Editado porAndre Amaral  em  12 jul 2022 14:55

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