De acordo com a informação prestada pelo vice-primeiro-ministro de Cabo Verde, Olavo Correia, que é também ministro das Finanças e presidente do conselho de governadores do Banco de Investimento e Desenvolvimento da CEDEAO (BIDC), trata-se da 10.ª assembleia-geral extraordinária, que permitirá abordar as actividades da instituição e “traçar acções estratégicas para os próximos tempos”.
O BIDC é uma instituição financeira regional de investimento e desenvolvimento com sede em Lomé, sendo detida pelos 15 Estados-membros da CEDEAO: Benim, Burquina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.
A instituição financia projectos e programas de desenvolvimento nos sectores de infraestrutura e serviços básicos, desenvolvimento rural e ambiente, indústria e serviços sociais, através de empréstimos de longo, médio e curto prazo, participações societárias, linhas de crédito, refinanciamento, operações de engenharia financeira e serviços relacionados.
O presidente daquele banco anunciou em Maio último, de visita à Praia, que o BIDC pretende instalar em Cabo Verde um centro que permita à instituição continuar a funcionar em caso de desastres.
“Vamos embarcar todos os equipamentos para a Praia e em breve instalar este centro no país”, anunciou o presidente do conselho de administração do BIDC, George Agyekum Donkor, em conferência de imprensa na capital cabo-verdiana.
Sem avançar o volume do investimento previsto, o responsável adiantou que a instalação deste centro de recuperação de desastres em Cabo Verde, habitual em grandes instituições, visa permitir ao BIDC continuar a funcionar caso ocorra “algum evento” ou desastre.
“É um bom sinal, que Cabo Verde tem condições pela sua estabilidade, segurança, pelas competências e pelos investimentos em recursos humanos. Temos condições para o centro do serviço e um espaço de segurança tecnológica para todo o continente africano”, destacou Olavo Correia, na ocasião.
Na mesma conferência de imprensa, George Agyekum Donkor recordou que o BIDC tem actualmente 3.200 milhões de dólares de financiamentos atribuídos a vários sectores dos países da África Ocidental, sendo mais de 60% no sector privado, e que está disponível para apoiar projectos em várias áreas em Cabo Verde, através de linhas de financiamento aos bancos ou directamente às empresas, quando acima de 10 milhões de dólares.
Em Cabo Verde, o BIDC conta com cerca de 10 milhões de euros de projectos financiados, um montante que para Olavo Correia ainda é reduzido.
“Estamos a trabalhar para aumentar a carteira de investimentos do banco em Cabo Verde, não só para projectos públicos ou projectos em parceria público-privada, mas para projectos privados, que devem ser bem montados para apresentar ao banco para financiamento. E neste meu mandato, tudo farei para que o banco possa aumentar a sua carteira de investimentos em Cabo Verde, quer para o sector público, quer para o sector privado”, afirmou na ocasião o governante cabo-verdiano.