Os dados do inquérito sobre a confiança do consumidor do INE justificam o resultado basicamente pela apreciação negativa das famílias sobre a sua situação financeira para os próximos 12 meses e a evolução da situação económica do país para os próximos 12 meses, relativamente ao trimestre homólogo.
Conforme o INE, para as famílias inquiridas, nos últimos 12 meses, tanto a situação económica do seu lar como a situação económica do país evoluíram positivamente face ao trimestre homólogo.
Na opinião dos inquiridos, os preços dos bens e serviços aumentaram, enquanto que o desemprego no país diminuiu relativamente ao mesmo período do ano de 2021.
A mesma fonte indicou que relativamente ao item poupança, a maior parte, 93,5%, dos inquiridos no terceiro trimestre do ano de 2022 considerou que a actual situação económica do país não permite poupar dinheiro.
No trimestre homólogo, esse percentual tinha sido de 86,2%, o que representa um aumento de 7,3 pontos percentuais (p.p.) entre os dois períodos.
“De realçar que 2,1% dos inquiridos afirmaram ser possível poupar algum dinheiro com a actual situação económica do país, sendo que, no trimestre homólogo, era de 12,5%, apresentando um decréscimo de 10,4 p.p”, pode-se ler na nota divulgada pelo INE.
De acordo com os inquiridos, para os próximos 12 meses, tanto a situação financeira das famílias como a situação económica do país deverão evoluir negativamente face ao trimestre homólogo.
O documento indica ainda que para as famílias inquiridas esperam que tanto o desemprego como os preços dos bens e serviços também diminuam, face ao trimestre homólogo.
Os dados do inquérito sobre a confiança do consumidor do INE apontam que cerca de 94,1 em cada 100 entrevistados afirmaram ter a certeza absoluta que não tencionam comprar um carro nos próximos dois anos. Já no que respeita à construção de casa própria 5,9% dos inquiridos afirmaram que “provavelmente sim”, irão construir ou comprar uma casa (contra 19,5% no período homólogo), representando uma diminuição de 13,6 p.p.