A assinatura dos contratos de implementação de duas centrais solares fotovoltaicas e aquisição de energia de 5MW nas ilhas de São Vicente e Sal, com a empresa Águas de Ponta Preta, foi testemunhada pelo primeiro-ministro, acompanhado também do ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Monteiro, durante um acto que teve lugar nos Paços do Concelho.
“Estamos a realizar a aceleração da transição energética”, comentou Ulisses Correia e Silva, apreciando a dedicação da empresa Águas de Ponta Preta (APP), que, conforme sublinhou, tem sido um “grande parceiro” nesta empreitada que o país tem estado a desenvolver.
“Para podermos, de facto, nos prazos estabelecidos, e eventualmente antecipar, atingir mais de 50 % de energias renováveis com penetração em termos de produção e distribuição, para podermos substituir a nossa dependência dos combustíveis fósseis”, exteriorizou o chefe do Governo.
Ulisses Correia e Silva disse estar convencido que com estes investimentos Cabo Verde estará em condições, “seguramente” de antes de 2030 atingir os 50 %, ciente, porém, de que a aceleração depende da capacidade de investimentos quer públicos quer privados.
“Essa é a nossa meta. Adoptamos aqui um modelo, que de facto, cria muitas sinergias… precisamos de investimento público, mas precisamos de muito investimento privado”, admitiu, enunciando um quadro atractivo a nível de incentivos fiscais e financeiros, um sistema de financiamento externo nesta área “muito favorável”, entre outras condições.
Para Ulisses Correia e Silva, é tempo de acelerar este processo, já que os ganhos, conforme acentuou, são evidentes a nível económico, da balança de pagamentos, da factura energética, e a nível de um conjunto de outros factores.
Apontando que o Governo está a desenvolver competências nesta área, e a diversos níveis, destacou a presença de mulheres neste projecto o que, conforme salientou, “é muito bom”.
“Estamos a desenvolver competências nesta área, e a diversos níveis, inclusive a nível da qualificação profissional para posicionar Cabo Verde como um país de facto de vanguarda nas energias renováveis… temos sol, vento e mar, então temos tudo para transformar aquilo que Deus nos deu em energia, e temos todas as condições de o fazer”, enfatizou.
O Governo estabeleceu no Plano Director do sector Elétrico (PDSE), 2018-2040, a meta para alcançar pelo menos 50% de penetração de energia renovável até 2030.
A legislação vigente estabelece as disposições relativas à promoção, ao incentivo, ao acesso, licenciamento e exploração, inerentes ao exercício da actividade de produção independente de energias renováveis, por meio de concurso.