De acordo com o director-executivo do grupo Oásis, Alexandre Abade, as taxas de ocupação para o réveillon “estão ao nível da pré-pandemia”, com três hotéis a 100%, incluindo o Tarrafal Alfândega Suites, o mais recente empreendimento hoteleiro da marca em Cabo Verde, bem com o Salinas Sea (Sal) e o Porto Grande (São Vicente).
“Os hotéis do grupo encontram-se praticamente lotados para a passagem de ano, o que demonstra uma forte recuperação da procura no pós-pandemia e demonstra igualmente a necessidade que os turistas sentem de continuar a viajar, após dois anos de contenção”, realçou à Lusa, Alexandre Abade.
“Parece-nos também que as elevadas taxas de ocupação neste período são um sinal de confiança no turismo em Cabo Verde, salientando-se o facto de termos hotéis esgotados em ilhas que não as tradicionais - Sal e Boa Vista -, nomeadamente nas ilhas de São Vicente e Santiago. Isto significa uma oportunidade para alargar o turismo a regiões menos conhecidas internacionalmente, mas de forte potencial, como é o caso do Tarrafal, na ilha de Santiago”, acrescentou.
Do grupo RIU, os três hotéis na ilha do Sal, a mais turística, contam com uma taxa de ocupação de 98% para o período de 30 de Dezembro a 01 de Janeiro e de 99% na noite de passagem de ano.
Já na ilha da Boa Vista, onde o grupo opera outros três hotéis, a taxa de ocupação para o período de 30 de Dezembro a 01 de Janeiro é de 73%.
Estes números traduzem-se numa taxa de ocupação global em Cabo Verde, nos hotéis RIU, de 84% no período de 30 de Dezembro a 01 de Janeiro.
O ministro dos Transportes e do Turismo, Carlos Santos, afirmou em Novembro que 2022 está a ser um “ano muito bom” na procura turística pelo arquipélago e que não espera impactos negativos no anunciado aumento na taxa turística.
“Este ano já estamos a decorrer com dez meses, de janeiro a Outubro, e já temos recebido e acolhido cerca de 80% em termos de número de turistas, daquilo que foi o período homólogo de 2019”, afirmou o ministro, no parlamento, em 11 de Novembro.
“Isto significa que vamos ter um ano muito bom e 2023 também vai ser um ano também de uma retoma que não vai ter retorno”, acrescentou.
Depois de registar um recorde de 819 mil turistas em 2019, o sector, que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde, viu a procura cair mais de 60% em 2020, devido às restrições impostas para conter a pandemia de covid-19.