Segundo os dados divulgados hoje, a variação trimestral observada no quarto trimestre de 2022 foi de 2,4%, inferior em 5,3 p.p. ao valor registado no trimestre anterior que apresentou uma variação de 7,7%, reflexo do padrão de sazonalidade deste indicador.
A mesma fonte refere que no quarto trimestre de 2021 esta variação tinha sido positiva e relativamente intensa (3,3%), situando-se -0,9 p.p. abaixo da actual.
Em termos homólogos, o INE indica que a classe dos Hotéis, Cafés e Restaurantes apresentou uma variação homóloga de 21,3%, 1,1 p.p. abaixo da que se verificou no trimestre anterior. A esta variação correspondeu uma contribuição de 21,1 p.p. para a variação do IPT Total.
“Note-se que a componente do Alojamento que corresponde a 63,05% da despesa turística com especial destaque para os Hotéis que correspondendo a 59,07% da despesa turística total, registaram uma contribuição positiva (18,8p.p.). A Restauração cujo peso representa cerca de 35,7% da despesa turística, apresentou uma contribuição positiva (2,2 p.p.) de mesmo sinal (3,11 p.p.) à do trimestre anterior”, lê-se.
O movimento dos preços das dormidas em Hotéis (com uma contribuição de 18,8p.p.), das residenciais (estes com uma maior contribuição positiva de (0,007 p.p.) e das pousadas (com uma contribuição de 0,004 p.p.), foram completamente determinantes para este comportamento do IPT total, conforme refere o estudo.
A componente de Cafés, Bares e Similares apresentou contribuição de 0,046 p.p; enquanto os Aldeamentos Turísticos e Hotéis Apartamentos apresentaram contribuições de 0,02p.p. e 0,060p.p. respectivamente.
O nível médio dos preços das restantes componentes manteve-se praticamente constante em relação ao trimestre homólogo.
De acordo com o INE, a taxa de variação no trimestre em análise foi de 2,4%, inferior em 5,4 p.p. à registada no trimestre anterior em que se situara em 7,7%.
No mesmo trimestre do ano anterior verificara-se uma variação em cadeia (trimestral) de 3,3%.
“Estes resultados são a consequência de movimentos sazonais de natureza mensal, com particular incidência na componente de Alojamento. Concretamente, a variação deste trimestre face ao anterior revela, um aumento dos preços dos Serviços de Alojamento. Nos serviços prestados por Hotéis e por Pensões verificou-se um aumento dos preços (3,6%) e (6,0%), respetivamente. Nos serviços prestados pelos Hotéis-Apartamentos, Aldeamento Turísticos e Residenciais, verificaram-se diminuições dos preços (3,1% 0,7% e 0,1% respectivamente)”, explica.
Já os preços referentes a Restaurantes, Café Bares e Similares e os restantes serviços turísticos registaram variações nulas face ao trimestre anterior.
No que diz respeito a variação anual, o INE aponta que no ano de 2022, os preços dos serviços turisticos apresentaram uma taxa de variação de -1,0% face ao ano anterior, o que corresponde a uma diminuição do nivel médio dos preços face a 2021.
Registaram-se quebras de preços médios anuais em todas as ilhas, excepto a ilha de Santiago em que a variação foi nula.
Por sua vez, a ilha do Sal, foi a que apresentou a quebra de preços mais intensa (-1,2%), seguida de Santo Antão com -1,1%.
O movimento do IPT total é determinado pela classe dos Hoteis, Restaurantes, Cafés, Bares e similares que registraram uma variação de preços médios de -1,0%, face ao ano anterior.
“A nível das Ilhas, todas apresentaram variações trimestrais positivas, excepto a ilha de Santiago, o que determinou o movimento do IPT Nacional. Nota-se que São Vicente e Sal registaram variações trimestrais de 3,5% e 2,5% respectivamente. As ilhas de Boavista e Santo Antão registaram variações de 1,8% e 1,2% enquanto Santiago registou variação nula”, consta.