Cabo Verde já tem mais empresas activas do que antes da pandemia

PorExpresso das Ilhas, Lusa,15 mar 2023 10:46

​As empresas activas em Cabo Verde atingiram o recorde de 11.404 em 2021, ultrapassando o registo anterior à crise económica provocada pela pandemia de covid-19, com o total de trabalhadores também a crescer, segundo dados oficiais.

De acordo com dados do Inquérito Anual às Empresas 2021, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), compilados hoje pela Lusa, existiam então 11.404 empresas activas no arquipélago, mais 2,6% do que no ano anterior e 2% acima face a 2019, já tendo em conta a queda registada nas empresas activas em 2020, primeiro ano de pandemia.

No final de 2021, as empresas activas em Cabo Verde empregavam 72.940 trabalhadores, correspondendo a um aumento de 2,2% comparativamente a 2020, e geram um volume de negócios de cerca de 248 mil milhões de escudos, uma subida homóloga de 6,6%.

Segundo os dados do INE, o volume de negócios registou aumentos na maioria das ilhas em 2021, com excepção do Sal, Boa Vista e Maio, e 68,1% das 11.404 empresas activas eram em nome individual ou sociedade unipessoais, mas 74% eram microempresas e apenas 2,4% eram grandes empresas.

Entre as empresas activas no país no final de 2021 a maioria estava concentrada no sector do comércio (44%), no alojamento e restauração (16,7%) e na indústria transformadora (9,8%).

O sector do comércio continua a ser o maior empregador em Cabo Verde, com 23,4% do total, e também o que gera o maior volume de negócios, com quase metade do total em 2021.

Cabo Verde recupera de uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística - sector que garante 25% do PIB do arquipélago - desde Março de 2020, devido à pandemia de covid-19.

Em 2020, registou uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8% do PIB, seguindo-se um crescimento de 7% em 2021 impulsionado pela retoma da procura turística. Para 2022, devido às consequências económicas da guerra na Ucrânia, nomeadamente a escalada de preços, o Governo baixou em Junho a previsão de crescimento de 6% para 4%, que, depois voltou a rever, mas em alta, acima de 8% e já em Dezembro para 10 a 15%.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,15 mar 2023 10:46

Editado porSara Almeida  em  3 dez 2023 23:28

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