De acordo com dados do Inquérito Anual às Empresas 2021, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), compilados hoje pela Lusa, existiam então 11.404 empresas activas no arquipélago, mais 2,6% do que no ano anterior e 2% acima face a 2019, já tendo em conta a queda registada nas empresas activas em 2020, primeiro ano de pandemia.
No final de 2021, as empresas activas em Cabo Verde empregavam 72.940 trabalhadores, correspondendo a um aumento de 2,2% comparativamente a 2020, e geram um volume de negócios de cerca de 248 mil milhões de escudos, uma subida homóloga de 6,6%.
Segundo os dados do INE, o volume de negócios registou aumentos na maioria das ilhas em 2021, com excepção do Sal, Boa Vista e Maio, e 68,1% das 11.404 empresas activas eram em nome individual ou sociedade unipessoais, mas 74% eram microempresas e apenas 2,4% eram grandes empresas.
Entre as empresas activas no país no final de 2021 a maioria estava concentrada no sector do comércio (44%), no alojamento e restauração (16,7%) e na indústria transformadora (9,8%).
O sector do comércio continua a ser o maior empregador em Cabo Verde, com 23,4% do total, e também o que gera o maior volume de negócios, com quase metade do total em 2021.
Cabo Verde recupera de uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística - sector que garante 25% do PIB do arquipélago - desde Março de 2020, devido à pandemia de covid-19.
Em 2020, registou uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8% do PIB, seguindo-se um crescimento de 7% em 2021 impulsionado pela retoma da procura turística. Para 2022, devido às consequências económicas da guerra na Ucrânia, nomeadamente a escalada de preços, o Governo baixou em Junho a previsão de crescimento de 6% para 4%, que, depois voltou a rever, mas em alta, acima de 8% e já em Dezembro para 10 a 15%.