David Meron que falava à imprensa minutos antes da abertura do workshop “AGOA e Estratégias de Acesso ao Mercado dos EUA”, promovido em parceria com a Cabo Verde Trade Invest e as Câmaras de Comércio de Barlavento e Sotavento, informou que o peixe representou 65 por cento (%) do total das exportações para os Estados Unidos.
Segundo explicou este responsável, o propósito deste encontro, além de permitir o conhecimento mais detalhado das exigências e dos trâmites do processo para beneficiar do programa, é encorajar o aumento do número das exportações do continente africano, contribuindo para a recuperação e diversificação da economia de Cabo Verde
Para o administrador da Trade Invest, Alexandrino Anes, as empresas nacionais não têm tirado o melhor proveito da Lei de Oportunidades e Crescimento para a África (AGOA), salientando que, face a este novo contexto económico, seria benéfico potencializar as exportações dos produtos cabo-verdianos.
“Sabemos essencialmente que estamos no mercado onde temos uma lacuna que a nossa produção não é tanta e oportunidades devem ser sempre aproveitadas, de forma a potenciar Cabo Verde nesta fase da exportação”, defendeu.
“Cabo Verde, além de ganhar com a importação, a remessa dos imigrantes, com a exportação também estaria a ganhar mais ainda com a nossa economia” , sublinhou.
A AGOA é um mecanismo de extensão do Sistema Generalizado de Preferência (GSP) da iniciativa unilateral do Governo Norte-Americano, aprovado em 2000, para uma gama de produtos que beneficiam o acesso preferencial ao mercado dos EUA.
Implementado na cidade da Praia e na cidade do Mindelo, em vigor até 2025, o programa do workshop inclui sessões de esclarecimento dirigidas às entidades públicas e privadas com responsabilidades no processo de exportação, formações práticas destinadas a empresas e a produtores cabo-verdianos, bem como encontros de trabalho com algumas empresas.