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O governante recorreu novamente a estes dados ao receber o enviado especial do Presidente da República da Coreia do Sul, o ministro da Indústria, Comércio e Energia, Moon-Kyu Bang, acompanhado da vasta delegação coreana que efectua uma visita a Cabo Verde.
Alexandre Monteiro salientou que além da meta de obter todos os veículos movidos por combustíveis não fósseis até 2050, definiu-se a ambição de desenvolver o hidrogénio verde numa perspectiva de alcançar outro patamar de desenvolvimento no ramo da energia.
Cabo Verde, defendeu, reserva “excelente” potencial de fontes renováveis, todavia, reserva na mesma proporção o desafio de mobilizar as tecnologias “competitivas” para potencializar a produção e difusão das energias renováveis aos consumidores.
O encontro, revelou o ministro, servirá para que o Governo coreano conheça as oportunidades de parcerias em Cabo Verde, sendo que constitui “uma inspiração” derivado do alto nível de desenvolvimento da República.
“Cabo Verde quer passar para outro patamar de desenvolvimento e, para isso, o país precisa de desenvolver de forma acelerada e sustentável. No mundo incerto e turbulento, Cabo Verde tem sabido, como nação, vencer os desafios de forma resiliente, confiante e reformista “, garantiu, referindo que áreas como indústria, economia verde, economia digital e azul necessitam de ser exploradas.
O ministro da Indústria Comércio e Energia informou que já existe um memorando de cooperação assinado em 2022 entre o Instituto de Gestão da Qualidade e da Propriedade Intelectual (IGQPI) e o Escritório da Propriedade Intelectual da Coreia, visto caracterizar-se num dos sectores de domínio da Coreia do Sul.
Segundo a mesma fonte, o país recebeu de bom agrado a manifestação da República da Coreia do Sul em apoiar a transição energética da África, um anúncio feito durante o Fórum Ministerial de Cooperação Económica Coreia-África que contou com a presença do vice-primeiro-ministro, Olavo Correia.
“A transição energética é estratégia de Cabo Verde, produzir a dependência de combustíveis fósseis, melhorar a competitividade do país e também impulsionar sectores vitais como água e agricultura e transformação industrial. Para além de desenvolver as energias renováveis como incremento das capacidades de produção e armazenagem, estamos também no processo de reforma e reorganização do mercado energético em que será privatizada a empresa pública de eletricidade “, avançou.
Aproveitando a ocasião, o ministro deu a conhecer a realização da Semana da Transição Energética da África Ocidental, do Centro Regional das Energias Renováveis e Eficiência Energética da Região da CEDEAO, de 09 a 14 de Outubro, na expectativa de contribuir para a aceleração da transição energética em toda África Ocidental.
Por seu turno, o ministro da Indústria, Comércio e Energia da Coreia do Sul, Moon-Kyu Bang, lembrou que há 35 anos deu-se o primeiro passo nas relações diplomáticas entre os dois países, que embora separados por uma grande distância física, estão empenhados “e, sem poupar esforços”, para que “seja continuo”.
Disse que, ao chegar em Cabo Verde, ficou com “boas impressões” sobre o desenvolvimento económico do arquipélago, que, sublinhou, tem conseguido este feito, principalmente, com base numa democracia sólida.
“Pela primeira vez, Cabo Verde recebe uma delegação tão grande como esta, tenho a certeza que esta visita servirá de marco que testemunha o grande pulo que vamos dar nas relações entre os dois países para que isto seja continuo, eu além de todos que estão aqui presentes prometemos não poupar esforços”, asseverou o diplomata, reconhecendo o potencial na matéria em referência.
