"O mundo está numa mutação muito rápida, e há transformações importantes que convenhamos acompanhar", afirmou Rodrigues aos jornalistas à margem da conferência“O Ambiente de Negócios em Cabo Verde e as reformas que se impõem”.
Conforme o presidente do CCS Cabo Verde continua num estágio mediano em termos de grandes reformas estruturais necessárias para enfrentar os desafios da 4.ª Revolução Industrial.
Uma das mudanças mais significativas mencionadas por Rodrigues diz respeito ao sector de venda a retalho, que conforme prevê, as lojas tradicionais, onde os consumidores costumam experimentar produtos, passarão por uma transformação radical.
"No futuro, não haverá lojas físicas como as conhecemos hoje. A operacionalização será feita mediante redes e sistemas tecnológicos, alterando profundamente o modelo de negócios no varejo", declarou.
Nesse sentido, ressaltou a importância de os governos africanos, incluindo Cabo Verde, se prepararem para enfrentar essas mudanças e garantirem a sustentabilidade económica para aqueles que podem perder os seus empregos.
"É fundamental pensar nas taxas aplicáveis aos robôs, que impulsionarão as grandes transformações industriais. Isso garantirá a sustentabilidade das pessoas em novos modelos de emprego, como o cuidado aos idosos ou actividades culturais", afirmou.
Rodrigues instou os empresários a desempenharem um papel activo na condução das reformas necessárias, uma vez que são eles que impulsionam grandes transformações.
O presidente da CCS reconheceu as limitações dos orçamentos estatais, destacando a necessidade de um orçamento sociabilizado que beneficie a todos.
Por sua vez, a Secretária de Estado do Fomento Empresarial, Adalgisa Vaz, destacou o compromisso contínuo do Governo em fortalecer o ambiente de negócios.
Por exemplo, apontou que desde 2016, o Governo tem incluído ações nos orçamentos do Estado para aprimorar o ambiente empresarial, reflectindo o compromisso com o sector privado como motor de crescimento.
"O orçamento de 2024, assim como os orçamentos anteriores, é um orçamento amigo do investimento e reconhecido pela classe empresarial. Cabe ao sector privado acompanhar essas pedaladas do Governo", considerou.