De acordo com a nota informativa, o Grupo Banco Mundial trabalhará para levar electricidade a 250 milhões de pessoas, através da distribuição de sistemas de energias renováveis ou da rede de distribuição, enquanto o Grupo do Banco Africano de Desenvolvimento apoiará mais 50 milhões de pessoas.
A nota salienta que o acesso à electricidade é um direito humano “fundamental e imprescindível” para qualquer esforço de desenvolvimento bem-sucedido, realçando que, actualmente, 600 milhões de africanos não têm acesso à electricidade, considerando que esta situação cria “barreiras significativas” aos cuidados de saúde, educação, produtividade, inclusão digital e, em última análise, à criação de emprego.
"O acesso à electricidade é a base de todo o desenvolvimento. É um ingrediente crítico para o crescimento económico e essencial para a criação de emprego em grande escala. A nossa aspiração só será concretizada com parcerias e ambição. Precisaremos de acção política por parte dos governos, financiamento de bancos multilaterais de desenvolvimento e investimento do sector privado para concretizar esta visão ", declarou o presidente do Grupo Banco Mundial, Ajay Banga.
A mesma fonte declara que esta parceria sinaliza a determinação do Grupo Banco Mundial e do Grupo do Banco Africano de Desenvolvimento em serem “mais ousados, maiores e melhores” na abordagem a um dos desafios “mais prementes” em África.
A iniciativa é a manifestação mais recente do compromisso do Grupo Banco Mundial em tornar-se mais orientado para o impacto e constitui o resultado de um plano de trabalho concertado para construir um banco melhor.
Salientou que este esforço é auxiliado por uma constelação de programas energéticos regionais que serão agora alinhados com este objectivo comum.
Para o Grupo Banco Mundial, para levar energia eléctrica a 250 milhões de pessoas serão necessários 30 mil milhões de dólares de investimento do sector público, entre os quais, a Associação Internacional para o Desenvolvimento, o braço concessional do Banco Mundial para países de baixo rendimento, que será fundamental.
Além disso, salienta a nota, os governos terão de implementar políticas para atrair investimento privado e reformar os seus serviços de utilidade pública para que sejam financeiramente sólidos e eficientes, com mecanismos tarifários que protejam os mais pobres.
“Levar electricidade a 250 milhões de pessoas abriria oportunidades de investimento do sector privado em energia renovável distribuída, no valor de 9 mil milhões de dólares. Além disso, haveria oportunidades substanciais para investimentos privados em energias renováveis ligadas à rede, necessárias para impulsionar o crescimento económico”, concluiu a mesma fonte.