A acção, intitulada “Mulheres na transformação dos produtos derivados do leite e do queijo de cabra”, visa capacitar as mulheres de Monte Grande para impulsionar o desenvolvimento socioeconômico local e vai ser a primeira actividade da terceira edição da Festa de Queijo de Monte Grande que se realiza de hoje a sábado, 20.
A acção de capacitação de um total de 25 mulheres é ministrada por um engenheiro alimentar e por uma especialista em gestão estratégica de marketing, e conta com apoio da cooperação portuguesa, segundo o presidente da Associação “Ka Djidja” (Casa Djidja, em português), Pedro Matos.
A par desta acção de formação e no quadro da 3ª edição da Festa do Queijo prevê-se uma outra acção de capacitação em produção semi-intensiva de ruminantes, destinada aos criadores e ministrada pela mestre em Medicina Veterinária Janice Duarte Silva.
Da terceira edição destaca-se ainda o fórum de desenvolvimento local sobre mudanças climáticas e segurança alimentar no mundo rural e “Escuta diálogo com lideranças locais e tomadores de decisão” e a Rota do Queijo, em parceria com associações locais e operadores turísticos.
O evento objectiva proporcionar aos turistas e demais interessados uma “experiência única” junto aos criadores e produtores de queijo.
A Rota do Queijo tem como principal objectivo socializar os visitantes quanto ao processo de fabrico do queijo artesanal, estimular o turismo rural e gastronómico e conhecer as tradições em torno da vida do campo.
Para esta edição, a organização escolheu a localidade de Cabeça Fundão para realizar a Rota do Queijo, dada a “forte tradição” no domínio de pecuária, com destaque para caprinocultura e prevê-se visita às áreas de plantas endémicas e currais, assim como sessão de conversas sobre educação ambiental e degustação de queijos.
A Associação Ka Djidja que, em parceria com as associações locais de Monte Grande organiza a Festa do Queijo, quer implementar alguns projectos visando a valorização do queijo da ilha do Fogo.
Entre os projectos em carteira o presidente da associação apontou o de implementação de queijaria individual/familiar para pequeno produtor de queijo e direccionado apenas para produção e armazenamento do produto com respeito pelas normas e especificidades do sector e com envolvimento das associações locais.
A associação pretende igualmente trabalhar a marca de origem do queijo do Fogo para que o mesmo seja reconhecido como um património gastronómico imaterial de Cabo Verde.