“Nós gostaríamos de identificar os problemas principais, as intervenções, assim como conduzir estudos de visibilidade, de forma que nós possamos implementar logo após assinatura do programa. Talvez em Abril de 2026”, afirmou Kyeh Kim aos jornalistas, durante uma conferência de imprensa conjunto com o vice primeiro-ministro.
Em termos do orçamento, entretanto, Kyeh Kim admitiu restrições, mas garantiu que farão o melhor para lutar por um envelope adequado para poder lidar com algumas das necessidades deste programa.
Na sua intervenção, Kyeh Kim ressaltou os impactos positivos da parceria entre a MCC e o governo e ressaltou os investimentos anteriores em infraestrutura e desenvolvimento.
“Nos últimos anos, tivemos uma excelente parceria com o Governo de Cabo Verde. Estes programas tiveram um impacto duradouro no povo de Cabo Verde e na economia nacional. Investimos no porto de Praia, em ruas e pontes, agricultura, desenvolvimento do sector privado e administração de terrenos”, apontou.
A nova fase de cooperação se concentra em áreas estratégicas. Conforme referiu, vai se concentrar na exploração de sectores de transporte e economia digital, para ajudar a conectar Cabo Verde consigo mesmo e com o mundo.
Por sua vez, o vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, elogiou a parceria com a MCC e reconheceu a relevância do Compacto Regional para o desenvolvimento do país.
“É para nós um privilégio enorme receber mais uma vez a vice-presidente da MCC. Assinamos um fundo de 6,3 milhões de dólares para ajudar na preparação do projecto. Este Compacto será transformador, ajudando Cabo Verde a se conectar melhor internamente e com o mundo”, afirmou.
Transição digital, conectividade, ambiente de negócios, ação climática e o desenvolvimento de recursos humanos, são as áreas prioritárias.
“Queremos um Cabo Verde digital, conectado e com uma economia forte, com oportunidades de emprego e crescimento para nossos jovens e mulheres,” apontou o vice-primeiro-ministro.
A MCC, agência bilateral de ajuda externa criada pelo Congresso norte-americano em 2004, separada do Departamento de Estado e da USAID, fornece subsídios e assistência por tempo limitado a países com bons indicadores ao nível da governação, combate à corrupção e respeito pelos valores democráticos.
A MCC concedeu o primeiro pacote de ajuda a Cabo Verde, no valor de 84,6 milhões de euros, entre 2005 e 2010, destinando-se a infraestruturar o país.
Dois anos depois, forneceu um segundo compacto financeiro, no valor de 50,9 milhões de euros, que vigorou até 2017, para melhorar a gestão dos recursos hídricos e do saneamento, bem como dos serviços de gestão da propriedade.