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Graça diz que é por isso fundamental que o sector privado cabo-verdiano tenha vontade e iniciativa para participar em eventos empresariais deste tipo, como o Cabo Verde Investment Fórum, realizado na última semana, na ilha do Sal.
“Há todo um conjunto de oportunidades que, se as empresas nacionais olharem para elas e procurarem activamente parcerias e saber o que se está a fazer melhor, podem não perceber do negócio, mas saber quem percebe do negócio, alinhado com aquilo que é o conhecimento destas empresas do mercado nacional, podem ter muito sucesso. Portanto, há aqui um conjunto de oportunidades muito grande e eu diria aqui que era preciso que o sector privado nacional tivesse a vontade de participar nesses esforços, porque como disse, isto é um investimento. Pode não sair nada num primeiro instante, mas pelo menos podemos ficar com ideias, com contactos e depois ir trabalhando isso ao longo do tempo para diversificarmos o portfólio de investimentos e a diversificação da economia”, defende.
Com o apoio do programa Global Gateway da União Europeia, a edição de 2025 do Cabo Verde Investment Forum reuniu decisores, investidores e parceiros internacionais para debater o futuro sustentável do arquipélago, com foco no turismo, economia azul, digitalização e energias renováveis.
Carlos Graça recorda que a transferência de conhecimentos é crucial para a inovação e crescimento económico.
“Tivemos ali a oportunidade de ver algumas das iniciativas privadas desenvolvidas por empresas nacionais e estrangeiras que nos abrem muito boas perspectivas. Às vezes nós não entendemos a importância de estar presente para ver aquilo que estamos a fazer, aquilo que estamos a fazer bem, o que podia ser feito melhor, mas, acima de tudo, para estabelecer contacto. E é importante essa relação desses contactos, até numa lógica da diversificação da nossa economia. Nós temos empresas fortemente estabelecidas no mercado nacional, mas que têm permanecido ancoradas no seu modelo de negócio ao longo do tempo. E se calhar está na altura de começarem a olhar para essas oportunidades e esses desenvolvimentos que estão a acontecer no mercado”, entende.
O fórum deste ano foi estruturado em torno de áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável do país, como o turismo, os transportes e a conectividade, a economia azul, as indústrias criativas, a economia digital e a transição energética.
