"Queremos reforçar a eficiência na aprovação e implementação do investimento direto estrangeiro, assim como da nossa diáspora, simplificar os processos burocráticos, reduzindo o tempo médio de aprovação dos projetos. Pretendemos acompanhar cada investidor de forma personalizada e elevar a taxa de concretização dos investimentos nos três anos seguintes à aprovação", afirmou, durante a cerimónia de posse, na cidade da Praia.
O novo presidente comprometeu-se ainda em atrair investimentos estratégicos e diversificar a economia, garantindo que pelo menos 35% dos projetos aprovados sejam de outros setores, além do turismo.
Pretende ainda desenvolver planos operacionais específicos, apoiar o desenho e o acesso a financiamentos nacionais e internacionais e estabelecer parcerias com entidades locais e estrangeiras.
No plano da internacionalização, pretende identificar novos mercados, apoiar a expansão das empresas cabo-verdianas e valorizar os produtos tradicionais.
Reconhecendo os desafios, como os recursos limitados e a necessidade de formação técnica especializada, Jailson Oliveira afirmou que vai apostar na capacitação dos quadros da instituição, contratar novos profissionais e criar um ambiente de trabalho motivador.
"A nossa visão é ambiciosa: transformar Cabo Verde numa plataforma regional de negócios e numa rede de investimentos globais, aproveitando a nossa localização estratégica no atlântico médio e o potencial nos setores do turismo, energias renováveis, aquacultura e digital", referiu.
Acrescentou que a nova direção assume "um compromisso solene de trabalhar incansavelmente para transformar Cabo Verde num país de oportunidades, onde o investimento crie emprego, crescimento e prosperidade partilhada".
O ministro da Promoção de Investimentos e Fomento Empresarial, Eurico Monteiro, que presidiu à cerimónia, destacou a importância de definir prioridades em setores de maior impacto económico, social e ambiental, capazes de influenciar positivamente outras áreas.
"Um dos fatores chave na promoção do investimento é a capacidade interna do nosso ecossistema. Existem projetos de interesse, mas não temos ainda a capacidade instalada para responder com rapidez e qualidade, demonstrando o nosso real compromisso", salientou.
Para isso, considerou essencial criar uma maior capacidade de resposta, especialmente nos pontos focais que compreendem a importância destes investimentos para a economia do país.
"Também é fundamental criar um ambiente de proximidade institucional entre a Cabo Verde TradeInvest, como porta de entrada dos investimentos, e o eixo central da promoção, envolvendo os diversos agentes do ecossistema, sobretudo aqueles com intervenção mais frequente", acrescentou.
Jailson Oliveira, que agora assume a nova direção, desempenhou nos últimos cinco anos a função de presidente do conselho de administração da Caixa Económica de Cabo Verde e sucede a José Almada Dias, que ocupava o cargo desde 2020.
Foram também empossados no conselho de administração Leida Santos e Luís Delgado como vogais executivos.