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Esta semana o Expresso das Ilhas faz manchete com a entrevista a Abraão Vicente, Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas que se mostra confiante de que assim que o Festival Morabeza se consolidar, vai-se tornar num grande encontro da literatura lusófona. Nesta entrevista Abraão Vicente dá resposta às críticas surgidas à volta da atribuição da montagem do festival a uma empresa estrangeira e a não participação de alguns autores cabo-verdianos. Nas suas palavras, o que nunca foi feito pode nascer com defeitos, mas não é por isso que deixamos de o fazer. “É lamentável que insistamos no erro, em vez de elogiarmos o esforço do país em montar algo que nos engrandece internacionalmente”, sintetiza.
Relacionado com este tema da cultura temos também a reportagem sobre o Festival Morabeza. Com alguma polémica à mistura, a Morabeza – Festa do Livro teve início ontem, na Cidade da Praia, com o lançamento das obras completas de Eugénio Tavares como um dos destaques. Até 05 de Novembro, perto de quatro dezenas de autores lusófonos encontram-se aqui para falar de literatura, de livros e do mais que está à volta.
Destaque também para o memorando de entendimento assinado entre o governo e os franceses da Vinci. Esta empresa francesa que gere 35 aeroportos em sete países espalhados por três continentes compromete-se a elaborar estudo sobre gestão aeroportuária em Cabo Verde. Vinci é a 5ª maior empresa na área da gestão aeroportuária e Cabo Verde surge “como uma oportunidade interessante de investimento”, disse o Director de Desenvolvimento de Negócios daquela empresa francesa.
Esta semana outra reportagem está também em destaque e aborda a temática do cancro. Apesar de tudo o que já foi feito, e da palavra de ordem ser prevenção, um bom programa de detecção precoce precisa-se. E com o aumento de cancros, na linha do que acontece em todo o mundo, há que pensar e investir a sério no tratamento da doença em Cabo Verde. Um centro multidisciplinar de tratamento é um sonho que a oncologista Hirondina Spencer acalenta, até porque não se pode ignorar o drama social, económico e pessoal da evacuação. Mesmo com parcos recursos, é hora de insistir nos esforços contra uma doença que mata cerca de 350 cabo-verdianos por ano e leva mais de duas centenas para o exterior.
O ano agrícola não está a correr de feição e, ao Expresso das Ilhas, o ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, explica o que pretende o governo fazer para combater este problema. Mais de 17 mil famílias foram afectadas pela falta de chuva que impediu a produção de sequeiro e a produção de pasto foi praticamente insignificante. Também a produção de regadio vai ser severamente afectada.
Destaque ainda para o desporto com o regresso de Mário Semedo aos comandos da Federação Cabo-verdiana de Futebol. No escrutínio realizado na sede federativa, na Cidade da Praia, as 11 associações regionais fizeram valer o seu direito de voto, depois das duas candidaturas defenderem as suas estratégias.
Eleito para um segundo mandato, depois de ter estado 16 anos à frente da FCF, Mário Semedo volta assim à casa que bem conhece e ajudou a construir após um interregno de um ano e meio em que a liderança da FCF esteve a cargo do jurista Victor Osório, entretanto destituído a meio do mandato.
No interior a opinião de Péricles Barros que escreve sobre “Infraestruturas adequadas no território” e de José Almada Dias com a segunda parte de “Mindelo, a Mónaco dos Trópicos e a Riviera Crioula”.
