Judite Nascimento, Eurídice Monteiro, Corrine Almeida e Artur Furtado falam dos respectivos projectos para a instituição de ensino superior público. Na sexta-feira, dia 19, vota-se. Professores, estudantes e funcionários administrativos são chamados a escolher, pela segunda vez na história da UNICV, a figura que irá representar e governar a universidade pública nos próximos quatro anos.
Também neste número, a entrevista com Rui Moreira Presidente da Câmara Municipal do Porto: O bairrismo bom é excelente. Rui Moreira é um regionalista assumido. Reeleito presidente da câmara do Porto em 2017, o independente deixou claro no discurso de tomada de posse que o tema estaria no topo da sua agenda: “Um dia haverá Regionalização, e já ninguém se contentará com uma regionalização meramente administrativa. E o Porto não pedirá licença para falar pelo Norte”, afirmou. Portugal referendou a regionalização em 1998 e o “não” venceu. O actual autarca portuense foi um dos que votou contra, por não concordar com o mapa proposto. Mais tarde, arrependeu-se. “Admito que, apesar de tudo, teria sido melhor uma regionalização com o mapa errado do que uma não regionalização. Desde aí, o Estado tornou-se mais centralista e o País cada vez mais assimétrico”, escreveu num artigo de opinião em 2004. Rui Moreira foi o orador convidado pela Presidência da República de Cabo Verde para falar de poder local/poder regional: modelos potencialidades, riscos e limites, no âmbito da VII edição da Semana da República, e conversou também com o Expresso das Ilhas.
Forças Armadas de Cabo Verde pedem melhores condições. No discurso de comemoração dos 51 anos das Forças Armadas, comemorado no dia 15 de Janeiro, o comandante da 1ª região militar, tenente-coronel José Rui Neves, chamou a atenção para uma instituição há 20 anos sem actualização salarial, com meios navais e frotas de veículos a necessitar de consertos, com refeições inferiores às dos presos. José Rui Neves, na comunicação, destacou a “paciência” dos militares, à espera de dias melhores.
“Canalizamos a ansiedade da sociedade civil”: Sokols ou A luta dos cidadãos contra o Despotismo, Centralismo e outros ismos do Sistema. Os Sanvicentinos voltaram a sair à rua, a 13 de Janeiro, na chamada Marcha pela Democracia promovida pelo movimento Sokols. A escolha da data não foi inocente: em causa está a reivindicação de uma “melhor democracia”, que abra as portas à efectiva participação dos cidadãos nas tomadas de decisões e acesso aos órgãos de poder. “Por um Cabo Verde harmonioso, equilibrado e justo” é o slogan principal e a descentralização um passo aqui exigido para um país mais feliz.
2018 vai ser o ano da revisão Constitucional? Nada obriga a que aconteça, mas ao que tudo indica a revisão constitucional ordinária, prevista para este ano, vai mesmo avançar, apesar de ainda não haver uma data concreta. Os partidos já estão a negociar consensos, mas a Comissão Paritária criada para o processo ainda não se reuniu.
E nos 70 anos do naufrágio em Santo Antão, escrevemos sobre o SS John E. Schmeltzer: a história de um ‘liberty ship’. Até o fim da Segunda Guerra Mundial, a indústria naval estadunidense produziu um total de quase seis mil navios mercantes e a maior frota de navios de combate até então vista pelo mundo. Os “Liberty Ships”, designados de “Ugly Ducklings” (“Patinhos Feios”) por Franklin Roosevelt, foram a maior e mais famosa classe de navios mercantes construídos durante a Segunda Guerra Mundial. Ao todo, entre 1941 e 1945, construiu-se o impressionante número de 2711 desses famosos navios. Um deles acabou a existência a cinco milhas náuticas da Ponta de Peça, nas proximidades do Promontório de Canjana, concelho do Porto Novo, ilha de Santo Antão.
No interior, a opinião de Jean-Paul Dias, CEDEAO: voltemos ao assunto; e de Arnaldo Silva, A legalidade da apreensão e congelamento das contas bancárias pelo ministério público.