Francisco Xavier da Cruz, “B.Léza”, nasceu em S. Vicente onde faleceu aos 52 anos. Músico, compositor, poeta e autor de mornas, das quais se destaca “Eclipse”, uma das suas mais belas composições, inserida no romance Chiquinho (1947) de Baltasar Lopes da Silva. O violão “O Bronze” era o companheiro inseparável. Com ele compôs quase todas as suas mornas. No leito de morte fez a última composição “Lua nha Testemunha”. O dia do seu nascimento, 3 de Dezembro, foi o escolhido para comemorar o Dia Nacional da Morna.
Também neste número, o politólogo Daniel Costa: Listas uninominais podem conduzir à corrupção. Daniel Costa defende a manutenção do sistema de candidatura partidária conforme existe no sistema eleitoral cabo-verdiano. Em conversa com o Expresso das Ilhas à margem do lançamento da obra da sua autoria "Dados Eleitorais de Cabo Verde em 25 Anos de Regime Democrático (1991-2016)”, esta terça-feira, na Praia, o cientista político ressaltou que o partido continua a ser ainda em Cabo Verde um elemento coordenador importante. A única questão que se coloca é se cumprem ou não as promessas eleitorais quando assumem o poder na administração central ou local.
Relatório da UNCTAD apresentado em Genebra: Cabo Verde tem de melhorar na atracção de Investimento Directo Estrangeiro. Sem o investimento directo estrangeiro (IDE), principalmente no turismo, Cabo Verde não seria um país de rendimento médio. Mas os sucessivos governos têm adoptado uma posição mais reactiva do que pró-activa na procura do investimento vindo de fora, diz a UNCTAD – Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento – no último relatório sobre as políticas de investimento cabo-verdianas. É fundamental, sublinha o documento, diversificar a economia e conseguir que o IDE crie laços com a economia local. O relatório foi apresentado esta terça-feira em Genebra, na Suíça, sessão onde esteve o Ministro de Estado Fernando Elísio Freire.
Empreendedorismo: Oportunidade vs. Necessidade. Muitas vezes, o discurso do empreendedorismo é feito só na perspectiva de auto emprego e de combate à pobreza, chama a atenção a UNCTAD no seu último relatório sobre a importância do empreendedorismo na transformação estrutural dos países menos desenvolvidos. Ou seja, a acção do Estado, e de outras entidades, fica-se pela promoção do empreendedorismo de necessidade e não dá a devida importância ao empreendedorismo de oportunidade, o que pode operar transformações estruturais que garantem sustentabilidade futura ao desenvolvimento do país. No relatório insiste-se nas políticas industriais para fazer crescer o sector privado nacional em áreas chaves e estratégicas na perspectiva de exportação, ou de criar aglomerados de empresas. E diz, claramente, que o Estado não deve ficar pelo financiamento. Deve ir mais além e apoiar o empreendedor nas várias fases do seu negócio.
Empoderamento… masculino. Continuamos a falar de masculinidades. Porque compreender os estereótipos de género – nesse caso associados ao género masculino – importa para o enfrentamento de certos fenómenos. A violência sobre as mulheres é apenas um deles. Há também violências e repressões auto-infligidas. Tudo porque, num sistema em que a influência social, cultural e económica detida pelos homens continua a ser superior à das mulheres, os homens são também chamados a reflectir e a abraçar as mudanças que se impõem para uma sociedade mais justa e igualitária.
Helena Semedo distinguida com Honoris Causa. É a primeira vez que a distinção é atribuída a uma cabo-verdiana. Na base desta homenagem está “o percurso singular da economista cabo-verdiana defensora de causas como a luta contra a fome e a pobreza, dando voz às populações e comunidades mais vulneráveis, em especial às mulheres rurais”, destacou a Universidade Aberta, em nota de Imprensa.
No interior, a opinião de José Almada Dias, Clube Rotário do Mindelo e a Capela de Santo André na comunhão do “dar de si antes de pensar em si”.