Hoje a questão já não é quando vai chegar a quarta revolução industrial, porque ela já aí está. A Quarta Revolução Industrial baseia-se na Revolução Digital, novas formas pelas quais a tecnologia se encaixa nas sociedades e até no corpo humano. É marcada por descobertas tecnológicas emergentes em vários campos, incluindo robótica, inteligência artificial, nanotecnologia, computação quântica, biotecnologia, Internet das Coisas, impressão 3D e veículos autónomos A pergunta que agora fazemos é: estamos preparados para ela?
Também neste número, a entrevista a José Pedro Soares, presidente da Câmara Municipal de Tarrafal: Este ano o turismo vai estar em grande no Tarrafal. Nas décadas de 70 e 80 Tarrafal foi a mais emblemática estância turística de Cabo Verde. Várias vezes anunciado, nunca concretizado, agora com os investimentos da Oásis Atlântico, cujo lançamento da primeira pedra para a construção de um resort de 171 quartos que deverá criar 120 postos de trabalhos directos. Para uma segunda fase está prevista a construção de mais 500 apartamentos e a criação de 400 postos de trabalho. Com este investimento e várias outros na área da indústria hoteleira parece que Tarrafal volta a reencontrar o trilho partido há dezenas de anos. É pelo menos o que assegura o presidente da Câmara Municipal do Tarrafal, em entrevista ao Expresso das Ilhas, nas vésperas da comemoração do dia do seu santo padroeiro que se assinala no dia 15 de Janeiro.
Projecto Xalabas: Txeka Zona. O nome oficial é Projecto Comunidades no Centro – A Identidade Local como Factor de Desenvolvimento do Turismo Sustentável mas, todos o conhecem como projecto Xalabas di Kumunidadi ou apenas Xalabas. Em Outubro de 2018 completaram-se dois anos do início do projecto criado pela ONG África 70 com financiamento da União Europeia e que tem a Associação Pilorinhu e a Câmara Municipal da Praia como parceiros. Até à sua conclusão, em 2020, Xalabas pretende transformar Achada Grande Frente num dos pontos turísticos de referência da capital do país.
Na cultura, 100 Anos de Tututa Évora: Palmas para a “Mãos de Ouro”. A 06 de Janeiro de 1919 nascia Tututa (Epifania de Freitas Silva Ramos), a pianista que se tornou lenda por contornar as convenções da sua época ao tocar em espaços públicos, mas também pela mestria das suas composições. Familiares e entidades públicas preparam homenagens para assinalar o centenário da mulher que abriu mão de uma carreira que poderia tê-la levado aos palcos internacionais para se dedicar à família. O piano, porém, faria parte da sua vida até ao fim.
No interior, a opinião de Júlio Correia, Um Futuro a Construir e uma observação interessada; e de Manuel Brito-Semedo, Primeiro escritor cabo-verdiano.