O Dia da Mulher cabo-verdiana foi pretexto, paradoxal, para um assunto que não pode reger-se por efemérides, antes deve estar presente em todos os momentos e vertentes do dia-a-dia: a legislação de rosto feminino. Em conversa com a advogada Leida Santos, passamos em revista as principais leis que asseguram o direito das mulheres, algumas das quais, inclusive, por meio de uma ainda necessária discriminação positiva. Com um quadro legal que é “quase perfeito”, na garantia desses direitos é preciso ir além das palavras da lei e concretizar as medidas que os efectivam, num contexto social, às vezes, ainda adverso. “Mas estamos no bom caminho…”, considera a jurista. E um dia esses direitos já não serão imposição da lei, mas algo natural.
Também em destaque está o sector das pescas.
Entrada da Atunlo em lay-off afecta a Frescomar que já está no mercado à procura de uma alternativa para o fornecimento de matéria-prima que lhe permita continuar a trabalhar. Derrogação de pescas, outra das causas de incerteza no sector conserveiro, vai ser renovada confirmou o Expresso das Ilhas junto da União Europeia.
Na capa desta edição chamamos igualmente para a capa a questão dos crimes virtuais.
Depois do acesso ilícito e da falsidade informática, a pornografia de vingança e a divulgação de imagens e vídeos ilícitos representam o maior número de denúncias e movimento processual no que toca aos crimes em contexto virtual em Cabo Verde.
Falamos, também, sobre a saúde mental das mulheres cabo-verdianas.
Quando se trata da saúde mental, as mulheres cabo-verdianas lidam com uma variedade de desafios que vão desde questões culturais até factores socioeconómicos. Luidmila Monteiro, psicóloga do Serviço de Psiquiatria do Hospital Agostinho Neto, revela que o serviço realizou 6.317 consultas externas de psicologia e psiquiatria, com um total de 160 internamentos no Hospital Trindade, em 2023.
Apesar da diminuição de 14% nos internamentos em relação a 2022, Monteiro aponta para um aumento "preocupante" nas taxas de suicídio e consumo de substâncias tóxicas entre mulheres, especialmente aquelas de baixo status socioeconómico.
Nesta edição assinalamos os 25 anos do hotel Odjo d’água com uma entrevista ao seu dono e fundador.
O Odjo d’água orgulha-se de ser um hotel cem por cento nacional representando a identidade cultural cabo-verdiana, na ilha mais turística do país. No mês em que celebra os 25 anos de existência, o Expresso das Ilhas conversou com Patone Lobo, fundador do Hotel, que dirige ao lado da esposa, Manika Lobo. O empresário contou-nos, com detalhes, o projecto nascido em 1999, os maiores desafios e as datas mais marcantes nestas duas décadas e meia.
A ler igualmente, opinião, o texto ‘Tomates: do produtor ao consumidor, passando pelo varejista’ escrito por Ludgero Correia e ‘Mais próximos…’ da autoria de João Neves.