O vice-primeiro-ministro explicou que os atrasos têm a ver com os a demora registada no início das obras, porque, afirmou, o projecto foi “mal montado”.
Segundo o governante, entre 2020 e 2021 o país terá o seu Parque Tecnológico a funcionar e que 40 por cento das obras já está executado.
Olavo Correia falava à margem da reunião do comité de supervisão do Projecto Parque Tecnológico, que se realizou na cidade da Praia.
“Temos que saber como é que conseguiremos trazer grandes empresas tecnológicas para Cabo Verde e criar novas oportunidades para os jovens”, afirmou.
“Queremos uma economia diversificada em que as tecnologias criam emprego e oportunidades para os jovens em todos os domínios da actividade económica, como turismo, transportes, tecnologias e sistema financeira”, precisou.
Para o governante, Cabo Verde, enquanto pequeno país insular, tem a oportunidade de dispor de um mercado “conectado consigo mesmo e com o mundo”.
Há que fazer com que as novas tecnologias “acelerem a dinâmica de desenvolvimento de Cabo Verde”.
“Vamos fazer de Cabo Verde uma zona económica especial no domínio das tecnologias, criando o máximo de incentivos fiscais para as empresas que queiram apostar nas tecnologias no país para produzir e exportar serviços para a sub-região, o continente africano e todos os países do mundo”, precisou Olavo Correia.
O ministro admitiu a existência de custos acima do esperado, resultado do atraso na execução do projecto, mas garantiu que se está a trabalhar no sentido de se fechar o problema da cobertura financeira, até porque o Parque Tecnológico é “estratégico” para Cabo Verde.
“Os atrasos não deviam ter acontecido. O projecto foi mal montado inicialmente. Agora o que importa é encontrar solução”, indicou o governante, para quem “não vale a pena chorar por cima de leite derramado”.
O Parque Tecnológico é financiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento e Estado de Cabo Verde. As obras iniciaram-se em 2015.