Facebook: "O nosso papel não é intervir quando os políticos falam"

PorExpresso das Ilhas,25 set 2019 8:35

A empresa tecnológica clarificou as regras em torno do discurso político na sua plataforma.

Os discursos políticos extremados levaram a que os utilizadores das redes sociais pedissem a existência de uma forma de moderação. No entanto, o responsável pela área da comunicação do Facebook, Nick Clegg, diz que isso é algo que ultrapassa as responsabilidades da empresa.

“O nosso papel não é intervir quando os políticos falam”, afirmou Clegg apontado como merecedores de atenção apenas aqueles conteúdos que “possam levar a perigo e violência no mundo real”. “Se alguém faz uma afirmação ou partilha uma publicação que viole os nossos standards de comunidade, ainda o permitiremos na nossa plataforma se considerarmos que o interesse público de o ver é mais importante que o risco de perigo”, explicou Clegg.

Esta estratégia do Facebook de tratar discurso político como um conteúdo noticioso não é única da empresa de Mark Zuckerberg, uma vez que também o Twitter a emprega como justificação para manter utilizadores como o Presidente dos EUA, Donald Trump.

“Eu sei que algumas pessoas dizem que devíamos ir mais longe. Que estamos errados em permitir que os políticos usem a nossa plataforma para dizer coisas horríveis ou fazer afirmações falsas. Mas imaginem o contrário. Seria aceitável para a sociedade em geral ter uma empresa privada a incumbir-se da tarefa de árbitro para tudo o que os políticos dizem? Não acredito que seria. Em democracias abertas, os eleitores acreditam que, como regra, devem ser eles próprios a julgar o que os políticos dizem”, adiantou Clegg.

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Autoria:Expresso das Ilhas,25 set 2019 8:35

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  12 jun 2020 23:20

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