Ainda nenhum outro país tinha conseguido esta façanha, que era considerada “impossível”.
Nos Estados Unidos, cientistas do Pentágono foram apanhados de surpresa pelo avanço tecnológico chinês, avança o Financial Times.
A Agência de Projectos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA), uma divisão do Pentágono, permanece incerta sobre como é que a China conseguiu disparar um míssil num veículo a viajar a velocidades hipersónicas.
Fontes com conhecimento da arma explicaram que a aeronave consegue carregar uma ogiva nuclear e disparar um míssil separado em pleno voo. O míssil foi disparado no mar do sul da China.
Estes testes de disparos de mísseis a partir de armas supersónicas parecem sugerir que a estratégia militar do presidente Xi Jinping passa por adquirir a capacidade de atingir os Estados Unidos a partir de voos orbitais, como forma de contrariar os recentes avanços norte-americanos em armas de defesa anti-míssil.
Especialistas militares do Pentágono citados pela Bloomberg estão agora a reunir informações sobre a tecnologia para tentar perceber como é que a China conseguiu atingir este marco.
Enquanto alguns peritos acreditam que se trata de um míssil ar-ar — um projéctil disparado de uma aeronave com o propósito de destruir outra aeronave —, outros acham que é uma contramedida para destruir os sistemas de defesa antimísseis para que não pudessem derrubar a arma hipersónica durante a guerra.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1043 de 24 de Novembro de 2021.