O foguetão Angara-A5 descolou na noite de segunda-feira do cosmódromo militar de Plessetsk, adiantou hoje a agência espacial russa Roscosmos, em comunicado.
Trata-se do terceiro lançamento de teste, desde 2014, de um foguetão pesado Angara, um engenho desenvolvido no âmbito de um programa destinado a substituir os antigos lançadores Proton, cuja tecnologia remonta à década de 1960.
O Angara, que recebeu o seu nome de um rio da Sibéria, usa uma tecnologia mais limpa, pois é movido por uma mistura de querosene e oxigénio líquido, muito menos poluente do que os propelentes tóxicos utilizados pelos Proton.
O programa, que remonta à década de 1990, sofreu no entanto um atraso e o calendário definido pelas autoridades russas no momento do primeiro teste, em 2014, não foi respeitado.
Fonte de um imenso orgulho na era soviética, o sector espacial russo caiu após o colapso da União Soviética (URSS), envolvido em escândalos de corrupção, cortes orçamentais, atrasos em série e incidentes técnicos embaraçosos.
Porém, nos últimos meses tem-se empenhado em apresentar uma face mais apelativa, mostrando, em particular, as suas ambições no turismo espacial com, por exemplo, o recente envio para órbita de um milionário japonês.