Devido ao seu tamanho, o telescópio James Webb teve de ser lançado dobrado e encaixado num foguetão. Depois da partida no dia de Natal, a 8 de Janeiro o telescópio começou uma complexa rotina de mudança de forma e de desfraldar das suas velas, acabando por adoptar a sua configuração final já no espaço. Agora, um mês depois do lançamento, a missão anuncia que o telescópio chegou à órbita final, a 1,5 milhões de quilómetros. É a partir daqui que o telescópio vai realizar as suas leituras e observações de estrelas antigas e galáxias distantes.
“No último mês, o JWST (James Webb Space Telescope) tem alcançado sucessos impressionantes e é um tributo a todos os que passaram muitos anos e mesmo décadas a trabalhar para o êxito da missão”, declarou Bill Ochs, o gestor de projecto da NASA, em comunicado, citado pela visao.sapo.pt.
Nos últimos dias, o telescópio ligou os propulsores e realizou alguns abrandamentos estratégicos para se posicionar na órbita correcta, em torno de um ponto invisível no espaço conhecido por ponto Lagrange entre a Terra e o Sol, onde as forças centrípetas dos dois corpos estão no ponto óptimo, permitindo que os objectos se mantenham numa posição relativamente ‘estável’. O JWST está no ponto L2, um dos cinco que existem e vai manter-se a 1,5 mil milhões de quilómetros de distância da Terra, noticia o The Verge.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1052 de 26 de Janeiro de 2022.