Num estudo publicado recentemente no European Heart Journal, os investigadores identificaram regiões específicas do cérebro danificadas pela hipertensão e que podem desempenhar um papel vital no declínio dos processos mentais e no desenvolvimento da demência.
Tomasz Guzik, professor de Medicina Cardiovascular na Universidade, de Edimburgo (Reino Unido), e da Jagiellonian University Medical College, na Cracóvia (Polónia), que liderou a investigação, disse que recolheu as informações para a análise a partir de uma combinação de abordagens.
Através dessas diferentes abordagens, a equipa identificou as áreas afectadas do cérebro, incluindo os putâmen (estrutura redonda na base da frente do cérebro, responsável por regular o movimento e influenciar vários tipos de aprendizagem) e regiões específicas de matéria branca.
“Pensávamos que estas poderiam ser as áreas onde a tensão arterial elevada afecta a função cognitiva, tais como a perda de memória, a capacidade de aprendizagem e demência. Quando verificámos as nossas descobertas, estudando um grupo de doentes em Itália que tinham hipertensão, descobrimos que as pastes do cérebro que tínhamos identificado eram de facto afectadas”, indicou Tomasz Guzik, citado pelo zap.aeiou.pt.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1113 de 29 de Março de 2023.